domingo, 20 de dezembro de 2009

"Um Carro ou um Copo?"

Eu volta e meia to reclamando que to sem grana, pra minha mãe. Ela me diz ; "-filha, mas tu gasta todo teu dinheiro comprando cerveja, na festa, quanto custa ? Uns cinco reais de certo. Por um copo de cerveja? Juntando tudo tu podia comprar um carro!". Sim, todos nós bohemios e noturnos sabemos que gastamos mesmo na noite. Ainda mais quando saímos na sexta e no sábado. E as vezes até nos domingos a noite. E compramos cevas, e não compramos o carro.
Eu não compro apenas um copo de plástico com um liquido amarelo entorpecente. Eu me destraio indo até o balcão e vendo quem tá lá. Eu compro dois copos e tenho a possibilidade de ser gentil com algum amigo dando-o um copo. Eu compro um copo de ceva mas compro também a garganta regada de tempos em tempos de tanto a voz arranhar. Eu compro minhas mãos ocupadas e o olhar disfarçado pra dentro do copo quando recebo um flerte. Eu compro um copo que ofereço como flerte. Eu compro uma volta pelo bar. Eu compro uma desculpa pra passar por ele.Eu compro uma maneira de socializar. Eu compro uma maneira disfarçada de me tranquilizar.
Se eu comprasse um carro, ele me levaria pra onde ? Se antes eu não tivesse feito amigos, se antes eu não falasse com as pessoas e elas me conhecessem, se antes eu não fosse gentil? Se antes eu não flertasse? Quem sentaria no banco do carona se eu não recebesse flertes? Se antes eu não desse voltas despretenciosas pelo ambiente e conhecesse gente nova que me convidasse a ir com meu carro a algum lugar? Antes um copo na mão, no que um carro parado na garagem mãe. Beijos.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

"Sexo por acaso?"

Ah os tempos antigos. Casava-se virgem. Deusozlivre pensa-se hoje. Eu penso assim hoje em dia. Adoro sexo casual. Mas no acaso ele se perde. A gente faz sexo pelo acaso, mas por acaso te desejei. Mas por acaso se te desejei, algo em ti me despertou desejo. E no meu caso do acaso, quase nunca me desperta desejo só a figura física, certamente algo me apaixonou.
Minha mãe casou virgem. E antes de casar ela nunca se importou com isso. Era um flerte lento. Hoje ele me deu oi. Hoje ele veio falar com meus pais. Hoje quando tomamos um sorvete ele pegou na minha mão. Hoje ele me deu um beijo. Era lento o processo. Era lenta a espera. Era lento o tempo passado. Era muito o tempo que se tinha pra imaginar.
Hoje no sexo casual, tu desejas a figura que viu, o que ela ti despertou. Tu já tem. Usufrui na hora, ou algumas horas depois. Não dá tempo de desejar mais coisas, não dá tempo de viajar em cima do toque. Do beijo. Do corpo. Na parede ali eu já senti um pouco do teu corpo. Quando se vai pra cama, acaba-se logo o desejo, que foi curto o tempo pra desejar. O tempo não foi lento, a imaginação não foi longe. Com pouca coisa a querer se descobrir, devido ao pouco tempo que se teve pra desejar, acaba, e se quer outro desejo. Desejei, usei, acabou. Ah, como eu queria ter mais lentidão, mas é quase impossível, com tanta tentação.


Mas né, quem quer dá um jeito, quem não quer, dá uma desculpa.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

"A multidão é mentira."

-Ok mãe, vou terminar o magistério, dar aula no município e fazer uma faculdade de jornalismo.
- Não, mãe, não vou continuar a faculdade mais, vou morar em floripa, com a Gabi. Vou estudar filosofia lá.
-Não, não vou mais estudar filosofia, não gostei. Também não vou mais morar na praia aqui em floripa, vou morar com outro garoto no centro.
-Não, não estou estudando não, só vivendo.
-Não quero mais morar em floripa, quero voltar pro sul e estudar, casar, ficar em casa no domingo olhando faustão numa tv de plasma.
-Sim, agora estou fazendo faculdade de psicologia, amo estudar e tiro dez em tudo. Namoro e tal.
-Terminei meu namoro mãe, to solteira, vou na festa, não sei se durmo em casa.
-Não tiro mais dez em tudo, nem sei se agora quero tanto me dedicar aos estudos, quero viver a viagem que é ser adolecente hoje em dia.
Não sei onde vou, não sei onde estou. Parei de fazer de conta que sei qual e´o meu caminho. A sociedade, a multidão, mãe, é mentira.

domingo, 8 de novembro de 2009

"Adão e Eva."

O coitado do Adão tava lá num paraíso e o escambal, quando Deus lhe tira uma costela sem pedir licença e dela faz uma mulher. Pelada. Ficam amigos, conversam, imagino o tédio que era este tal jardim do éden. Até que a mulher, esta com nome de Eva, faz uma amiga.Uma cobra. (mas olha que contemporânea esta história). Vai lá, fala fala com a cobra, viram amigas, a cobra oferece uma maçã pra ela dizendo que tudo vai ser mais divertido. E quando se trata de promessa de diversão a gente confia nazamiga. E a Eva come a maça.
Coitado do Adão, que dizem era pra ter negado a maça da mulher, não sabem o que julgam, ou não pensam na cena de uma mulher (a primeira esculpida por deus), pelada, com cabelos longos e uma maçã vermelha na mão. Vai dizer não? Me dá aqui esta maçã!Come a maça, o patrão xinga e os expulsa do paraíso,e eles vão para um lugar onde podem fazer sexo, se vestirem, devido ao fato de que a nudez traz a idéia do que já foi feito e sabido que é bom. E daí até hoje a gente ouve esta história de pecado. Foi pecado comer a maçã ´porque Deus disse que não era pra comer, senão o Adão acabaria comendo a Eva e acabando com a ingenuidade da vida.
Quem quer ser ingênuo? Faz favor. O pecado e esta história toda foram inventados para conter a sociedade. Eles não conseguiram com todos, alguns passam da conta, se afundam nas drogas, no sexo promiscuo, outros apenas fazem sexo por que rola (é uma coisa que acontece né gentch?), e usam drogas de vez em quando, o pecado foi inventado, pra preocupar a quem o mesmo conseguisse convencer, porque se o mundo todo se liberasse, realmente seria muito mais trash. Não pense nas hesitações devido ao pecado, pense em hesitar a fazer coisas, para o seu bem, seja bom não porque Deus castiga, mas porque a vida é mais bela com gentileza gerando gentileza. Não deixe de fazer as coisas porque é pecado, mas sim, revendo o que o ato ti traz de bom à vida.

(aliás, e a serpente? ficou lá no paraíso?)

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

"O que você procura?"

.A gente passa a vida toda procurando alguma coisa ou alguém. A gente acha, perde, acha. Mas acha e perde o que? Nem sei... Mas na verdade quando falo por mim posso dizer que se tem algo que eu procure é a compreensão. Quero ser compreendida. Minhas palavras soando na alça fonológica de outro alguém com o mesmo tom que na minha. É raro. Mas existe.
Recebo um email pequeno, dele, e de todas as linhas escritas a que mais me ecoa na cabeça foi "O final de semana me rendeu risadas sozinho no quarto." Claro que eu sorri quando li isso. Corri pro meu bloquinho de anotações e escrevi "Como é agradável ser o pensamento agradável de quem gostamos". Movemos dezenas de músculos para sorrir, toda a movimentação feita no corpo e na alma dele, o sorriso enfim, despertado, e utilizado, a sensação de agrado que sorrir dá, foi o pensamento da minha pessoa dentro dos pensamentos dele. Uma honra ser o sorriso de quem admiramos. Pois eis que, pensando nisso, no dia seguinte ao despedir-me dele no msn, eu digo "com certeza sorrirei durante todo o resto do dia pensando no que conversamos." . E ele me responde que fica feliz em me despertar um sorriso influenciado nele.
Ele interpretou, sentiu, julgou, viu, que o que era agradável nesta frase dita sobre perdurar sorrisos, não era o subentendi mento de que estava apaixonada, não era fato de ser um elogio, não, ele compreendeu diante disso, que ser o pensamento agradável de alguém que nos agrada, é bom. Exatamente a mesma idéia que eu tive sobre. Isso tem uma grande significância em relação ao fato de que nossas interpretações de sentimentos são parecidas. Interpretamos os sentimentos, parecidos. Isso é o que procuramos nas pessoas, mas, ao invés de escrever tudo isso, eu poderia dizer a vocês uma única coisa, procuramos "sintonia". E às vezes por sorte ou simplesmente recompensa, encontramos.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

"Edição Freak #51 por dentro."

Ultimamente a gíria que anda na boca da galera nos domingos à tarde como definição de muita coisa é "tenso". A gente não sabe bem o que significa, mas a sensação sentida cabe bem na pronúncia. Porém, engana-se quem julga o "tenso" negativo. É apenas adrenalina, perigo, medo, sentido. Mas e o que é tenso no sentido prático de nossas noites?
Vamos citar coisas que nos aconteceram na edição #51 da festa mais fervida do vale. Foi tenso o fato de estarmos indo para um lugar novo, éramos todos em parte responsáveis pela diversão alheia. Eu ainda na fila avisto uns meninos lindos e gentis, que me servem doses de tequila. "Vira tudo." Ok. Lá dentro era dose dupla. Compra uma ceva. Duas na mão. Foi.
Foi. Foi eu entrar na festa, ver minha amada amiga sorrindo demais, e ela me diz "amigam, tu saiu da porta só agora, já tah todo mundo loco." . E eu não sei por que diabos, mas nesta hora pensei "então aquelas duas doses de tequila não foram o suficiente, quero algo forte.". (Pra quê?). Ao redor, todo mundo flertando, conquistando, luxúria e vaidade no ar. Desço as escadas pra saber o que rola no outro ambiente e escuto alguém me dizer "-Carolinda, estão me colocando pra fora da festa." "-Que que foi que tu fez?" "-Cheirei na pista." Ah tá, tu é gay, mega production, visado, e queria o que ? Coloca a droga fora e volta. E teve quem fosse colocada pra fora da festa e não pudesse mais voltar, ora que não voltava a si. Teve gente brigando, se humilhando, sendo mal vista. Mas foi com dignidade, foi por amor. Tá perdoada. Gente gritando que queria um chiclé tinha gente importante que estava enjoada. Teve quem tivesse com a camisa laranja se tornando preta pelos tombos. Tinha quem não podia ficar em um lugar só, porque beijara um em cada ambiente. Tinha quem oferecesse bebida como flerte. Sempre funciona. Tinha gente batucando no balcão e gritando "coloca mais cachaça aêêê." Tomava um gole e dava pra garçonete encher o resto com o perigo. Mais. Mais. Tinha suor, corpos, bebidas, música foda. De repente um menino me parou pelos ombros. Quando eu parei, a festa toda girou. Vou ao banheiro, pensei. Fui. OPA. Quando preciso me apoiar na parede pra levantar do vaso é TENSO. Saio do banheiro, encontro um amigo, nos braços dele conforto, no conforto dele um belo puf preto. Deito. Saia curta. Cinta liga.Salto alto. Durmo. Meu ex namorado vem e me grita "Carol, levanta! Eles estão fechando esta pista!". Ao abrir os olhos, vejo o mesmo caindo no chão. Etcha nightlife. Desço cambaleando pelas escadas. Ah, graças a Deus, um corrimão! Chegando lá embaixo, avisto um sofá. Vou lá. Deito, ouço mil vozes conhecidas dizendo "tu tah bem carol?". Quero meu casaco! Pedi pro meu ex, mas enquanto ele ia buscar ou ele caía no chão, ou ele se perdia no caminho e esquecia o que ia fazer. Veio minha irmã e me dá o casaco. Diz; "-Tu tá sem calcinha? Tua bunda tá aparecendo." Pô, então me dá meu casaco porra!
Durmo mais um pouco;
"-Como tu vai embora carol? Quer ir pra minha casa?",
"-Cadê tua bolsa carol?"
"-Cadê tua comanda carol?"
Não sei. Não sei. Não sei. Beijos.
Após 15 minutos de sono, mas que dizem as más línguas que foram duas horas, abro os olhos. Opa, tá vazio aqui. Alguém me dá a bolsa na minha mão. Alguém paga a minha comanda. Saio. É dia lá fora. Subo a calçada até a van, cambaleando. Entro. Deito. "Tua cinta-liga tá aparecendo." De novo. Todo mundo atirado, calcinhas. Cuecas, maquiagem borrada. Tenso. Durmo. Abro os olhos, que susto. To na minha rua! Os mercados já abertos, (que hrs será que são?), visinhos tomando chimarrão, e eu descendo num tropeção de dentro da van. Corpete. Saia curta. Salto-alto. Borrada. Caio na cama com a roupa do corpo, e acordo cheia de coisas pra contar, atordoada.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

"A crítica da vez."

Entrei na sala, família olhando novela, e na tv, uma cena de uma casa tremendo-se toda. Perguntei "o que acontece ali?" e minha mãe levemente sem graça diz "ah, é que a filha da mulher do açougueiro tah transando com o namorado no quarto". E eles passam isso as sete e meia da noite? Outra vez, na novela da oito, a tão estimada Helena, passa minutos contando à suas amigas o quanto o "homem" dela é disposto na cama, e em outra cena, uma menina aproveita a ausência do pai na cidade, e de calcinha e regata, pede pro namorado não ir trabalhar porque ela vai tirar o fôlego dele. Tem também o programa "aline" onde uma menina namora dois meninos e a trama é toda sexual. Tem o programa "amor e sexo" da Fernanda Lima também. E por quê? Tudo isso agora?
A Globo evoca sexo na sociedade quase promiscua de tão moderna, para atingir os jovens que serão os velhos hipócritas de amanhã, se fazendo de loca que não sabe que há população ignorante e que é altamente influenciada por sua própria maneira errônea de interpretação, que acaba por piorar a educação da sociedade distraindo-os com uma tela cheia de cor, falando de coisas que eles devem ter, porém, eles vão nessa, querem ter, mas a tv não mostra o caminho, e vira uma sociedade cheia de vontade sem saber andar direito no caminho do tempo das possibilidades e existência de cada um.
Eles generalizam a moda, mas quem generaliza tem preguiça mental. Eles ajudam você a fazer e não pensar no que faz. Desligue a tv e vá ler um livro.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

"O sentido da vida."

Eu deveria nascer, crescer, estudar , namorar, fazer faculdade, me formar, me casar, ter minha família, deixar a casa da mãe, ter filhos, ter um cotidiano. Mas não. Eu sou sensível. Eu fugi do sentido que minha vida deveria ter. Eu me apaixonei com 16 anos. Matei aula. Não ganhei bolsa. Me formei no magistério, mas não segui a profissão. Não. Eu fui sensível, queria viajar, queria tocar as pessoas com música. Quis morar sozinha, para tocar, fumar, transar, viver, sentir. Eu nã tinha mais meu namorado, eu era sensível, eu me magoava, mas ao mesmo tempo me apaixonava todos os dias. Por pessoas diferentes. Eu não tenho uma profissão.Eu estudo. Mas demora a me formar, não afz sentido passar cinco anos me dedicando só a me formar. Intrcalo as aulas com diversas sensações e me permito sair do rumo. Eu talvez não tenha uma família, não quero por uma criança no mundo que se encaminha para o terror. Eu não sigo o sentido da vida. O sensível é a ilusão dos sentidos das coisas. Mas, se é para ser iludida, porém sentir, que a minha vida não tenha sentido nenhum, só seja sentida.

domingo, 4 de outubro de 2009

"Não.Ele não está afim de você quando.."

Ele não está afim de você. Quando você chega na roda onde ele está, e ele continua o assunto com os amigos. Quando você vai cumprimentá-lo ele não lhe olha dos pés a cabeça, ti beija sem encostar em nada que não seja o copo de ceva e o cigarro. Dele. Quando você diz que quer vê-lo no dia seguinte ele diz "tah". Quando ele ti convida pra fazer algo manda sms dizendo "se tu quiser vir aqui", o que significa que é se TU quiser porque pra ele tanto faz. Quando ele vai com você até o banheiro e não aproveita o momento a sós para ti empurrar na parede. Quando ninguém de vocês fala o pronome pessoal "nós".
Quando depois de ti comer ou dormir do teu lado, ele acorda e diz "vamos levantar", e subitamente levanta. Quando ele serve bebida pra ele e nem vê se teu copo tá vazio. Quando você o elogia e ele SÓ sorri. Quando você se encosta nele de propósito e ele sai dizendo "ah, desculpa", como se tivesse tropeçado em ti.Quando você manda um depoimento pra ele e ele não responde porém, opa, apagou-o.
Quando passam a madrugada se pegando, nada acontece e ele vai com você até sua parada e ti dá um CELINHO. Ok. Quando ele ti liga logo justifica dizendo "a galera mandou ti ligar porque vamos em tal lugar". Ou seja, tira o dele da reta. E se você garota bonita, gostosa, esperta AND estilosa, ficou chateada? Fica não bonita, tudo bem, nós não temos como agradar a todos os meninos, e somos campeãs de nos apaixonar e eles não. Como eu sei disso? Levei um fora. E to aqui para ajudar vocês a não se sentiram mal. Beijos.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

"Eu mudo, mas não atuo."

Eu sei que a gente tem que fazer coisas na vida prática. Como ter um emprego. Estudar. Ver os amigos, ir em festas. E no meio disso, se apaixonar. Pois pra mim, é o reverso, no meio da paixão que vive me tomando, eu estudo, eu trabalho, eu saio com meus amigos. Mas é a paixão que me impulsiona a fazer tudo isso. Não sou do tipo que se apaixona pela pessoa e quer fazer coisas a ela. Não.Quero fazer coisas a mim.
Eu me sinto desvendada quando me apaixono. Olha ali ó. A pessoa se interessou por mim e nem sabe como sou. E eu? Sei como sou? A pessoa não sabe como me comunico, como é meu quarto, como é minha relação familiar, como é minha relação com a sociedade, se sou estudiosa ou largada, se bebo muito ou nem. Então apartir deste novo desvendamento, eu me mudo. Aproveito que a pessoa virá a me descobiri, pra desta vez ser melhor do que a ultima pessoa me descobriu. Mudo os móveis de lugar. Limpo mais coisas que nunca dei bola. Ouço músicas que não ouvia antes. Toco aquelas músicas que sei que ele vai querer ouvir, acabo aprendendo musicas novas.
Eu testo ser uma pessoa diferente a cada pessoa que me conhece, e movida pela paixão conseqüentemente, me torno uma pessoa melhor a cada pessoa que conheço, que entra na minha vida, que me diz querer me conhecer, e me ponho a rever se me conheço bem. E nem. Nem preciso saber que me conheço, posso ser outra pessoa. Eu ajo de acordo com a paixão. Ela me move. Minha vida é toda movida pelos batimentos do meu coração.

sábado, 26 de setembro de 2009

"Dizendo não."

Tomamos decisões todos os dias. Tentamos ser racionais nas questões as quais a gente precisa/queremos. Às vezes nem queremos, e optamos por nos entregar e decidir com o coração. Desta maneira, muitas vezes nos arrependemos. Eu fiz porque sentia, se eu sentia na hora, e fiz, fiz porque quis, se hoje já não quero mais, não me importa, o que me alegra, é fazer as minhas vontades de amor. Tanto faz se decidi matar aula pra vê-lo. Que feio. Sim, racionalmente é, pago pra ter aula, pago pra aprender e me formar. Mas que tipo de pessoa seria eu, se, aprendesse tudo o que se passa em uma sala de aula, se não soubesse nada do que se passa em mim? Tanto faz se eu decidi terminar um namoro que era tão bom, pra me arriscar no novo. Eu pago pra ver, eu vou sofrer, mas o que virá depois do sofrimento, será tudo surpresa. "Porque você fez isso?". Nem eu sei bem, o que importa saber? A racionalidade ninguém sabe, mas é altamente influenciada por idéias recalcadas do medo de sentir e viver, o medo do sofrer. Que se dane, os dois são sentimentos tão lindos. Sofrer dói, mas sofrer por amor é digno. Ser feliz, é bom, mas é uma linha tênue entre a alegria e o medo. Eu gosto de todos os sentimentos, que me vem, que me vão. Prefiro sentir de tudo na vida, do que fingir uma racionalidade, e perder a vida toda, dizendo a mim mesma "não".

terça-feira, 22 de setembro de 2009

"Pedido de desculpas por não ter culpa nenhuma."

Eu choro escrevendo. Não sempre, talvez só por uns dias. Os dias que ainda me são claras as lembranças. A saudade apronta pra mim. Ela faz com que eu só lembre das coisas bonitas. Na verdade me dói admitir que só obtive coisas bonitas no motivo o qual me faz chorar. Hoje. Ontem, e quem sabe um pouco mais durante os dias que me virão. Eu fiz com que ele me amasse, pra poder amar ele tranquila de que teria segurança no meu medo de amá-lo. Agora sinto que não quero mais amá-lo.Agora sinto culpa a cada "eu ti amo" que eu disse. Agora me sinto culpada por ter dito que queria-lhe para toda vida. Eu queria, me desculpe mas queria sim. Na verdade eu ainda o quero, talvez por isso que eu sofra tanto.O problema é que queria, mas não pra vida que tenho agora. Eu queria me casar contigo, queria ter um apartamento com sacada e que tivesse uma praça perto. Queria continuar vendo os filmes e dormindo na metade dele nos teus braços. Mas eu não sou madura o suficiente. Queria tudo isso, se eu tivesse condições, financeiras, e psicológicas. Eu ainda ti amo. Mas a minha vida me pede um pouco mais de mim mesma. Me diz que eu não vou amadurecer tendo a ti, os teus ombros, as tuas palavras ´para me ajudar. Eu não me movo mais, porque dou meu movimento a ti, me desculpa, eu ti amo,mas eu não posso mais.
Eu sei que a tua companhia foi a melhor que já tive. Eu sei que foi tu quem mais me ensinou sobre amor. Eu sei que fui compreensiva em coisas que nunca fui, só pra que tu me amasse, e agora eu não quero mais este amor. A dor é inexplicável. O cheiro do teu casaco que uso agora é inexplicável. Tudo que eu faço, é arrumar a bagunça da minha casa tentando ti esquecer. Mas quantas vezes eu arrumei tudo, porque tu vinha aqui, eu queria ti agradar. Nada mais andava sendo por mim, pra mim, era tudo pra ti, eu sei que tu não me pediu nada, mas eu dei. Eu me dei. Eu me dei toda. Me tranquei dentro de ti, ti preenchi, agora saio e deixo um vazio enorme, em mim. E o pior de tudo, em ti.
Imagino a rua onde sempre passei contigo agarrada e fazendo piadas. Lembro do banco do ônibus que sentava indo pra tua casa. Lembro das músicas que ouvi pensando em ti, do teu quarto onde me sentia livre. A bagunça não era minha. Lembro da janela, essa lembrança é a que mais me dói. Quantas vezes depois de transar sentamos ali pra fumar um cigarro, e dizer que nos amávamos. A janela com nossas fotos. A mesma janela que deixávamos aberta pra entrar vento no verão depois de ter nossos corpor suados. Eu sinto muito em abandonar tudo isso,eu sinto muito, me perdoa, me perdoa por ti fazer ouvir aretha franklin todas as vezes que me arrumava, me perdoa por ti fazer ouvir beatles mil vezes por dia. Sei agora que todas estas músicas duerão serem ouvidas. Me desculpa pelas roupas que ti fiz e dei, vai duer usá-las, me desculpa pelo corte de cabelo que ti fiz, vai doer cada vez que se olhar no espelho. Me desculpa pela fitinha que ti dei do bonfim, tu amarrou na perna. Espero que um dos pedidos, seja um dia voltar pra mim.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

"Carnaval me atinge."

Eu tinha uns 16 anos mais ou menos. Tinha um namorado lindo, popular, daqueles que todo mundo gosta, mas você não sabe se gosta que eles gostem tanto. Vivíamos tudo juntos. Um dia ele veio, deitou-se na cama e disse; "-Vou para o rio de janeiro.". Só. Dali a diante, fiquei chorando todos os dias achando que doiria muito mais do que doeu. Mas não é desta xurumela de amor que quero falar.
No fim do primeiro mês, mal pensava nele já, perdida no f'órum social mundial. Mal nos falavamos. Na medida que conheci outros garotos que me trataram surpreendentemente bem, lembrei que meu namorado nunca dissera um "eu ti amo". Não me dava a mão. Não me dava presentes. Me provocava com ciúmes. Era praticamente uns monstro. (eu achava na época). Voltando a cidade depois do fórum, mandei um email dizendo que não o queria mais. Não contei a ninguém sobre isso. Um belo dia a mãe dele me liga e diz que o suposto apareceria na televisão, desfilando de perna de pau. Sim, o meu namorado estava no rio, no carnaval, e agora todo mundo iria ficar sabendo. Pior, logo agora todos o admirariam quando eu descobri o monstro.
E foi assim, como se não bastasse desfilar na Salgueiro,(acredite gente,Salgueiro) e repórter da Globo, quis entrevistar alguém, e quem ela catou no meio de 600 pessoas? Ele. Sim, ele estava no rio, desfilando no carnaval, apareceu na tv e ainda deu uma palavrinha. Todos viram, todos me ligaram felizes. As tias, as mães, as vós. Só eu achava ele uó, (era meu recém ex ora bolas). Enquanto o orkut dele bombava de garotinhas e de todo mundo puxando o saco, e só eu sabia que ele era um malvado sem coração. (achava certo naquela época). O que menos se pode querer de um ex, é que ele faça sucesso. Por favor.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

"Tá solteira?"

Ela estava solteira depois de alguns três anos tendo um namorado. Já tinha se tornado um daqueles namoros que tu nem sabes o que sentes por aquele cara ali, mas sabe que ele é teu namorado. Solteira podia sair. Sair assim, em cima da hora. Me deu vontade de vir aqui, me deu vontade de ir ali. Fui. Ninguém ia ligar perguntando com um tom desconfiado o porque dela ter saído sem ter avisado, ninguém ia ligar querendo saber com quem estava e porque estava, e isso não soava triste não, soava sussego pra ela, agora, tão solteira. Chegava em casa na noitinha, chegava do seu dia que começara as seis horas da manhã, chegava sem se preocupar em ligar, em se perguntar onde ele está, o que prometeu fazer pra ele este final de semana.
Solteira ela chegava em casa e ficava pelada andando pela casa. O externo demonstrava o quanto o interno se sentia bem e livre. Solteira ela ir ler um livro, se obrigava a ler um livro pra ocupar a mente agora vazia das preocupações do amor, e , com isso, ficava cada vez mais interessante a si mesma, pelo nível de aprendizado do dia-a-dia, agora solta pra si.
Até que um dia um olhar brilhou mais que os de costume, até que uma mão a tocou com mais calor. Aquele corpo tão solto dela, queria prender-se naquele corpo tão solto dele, e nunca mais soltar. Não pôde evitar, cmo todo o sentimento forte, forte que era os segurou, um junto ao outro e não deu mais pra soltar. Agora ela chega em casa e quer ligar pra saber onde ele está, quando não atende, é noite perdida, sem luar, sem ler, sem sussegar, até saber onde ele está. Agora quando chega em casa, pensa na saudade, em quando vão se ver. Agora as vezes como se todos os dias da semana de trabalho das seis da manhã as sete da tarde se juntassem em um só, eram os dias os quais tinha medo de perdê-lo. Ela agora estava presa em um amor, e se perguntava: "qual é o amor amor mesmo? Aquela parte que se sofre e tem medo de perder? Ou as risadas e as transas e as camas e as calmas quase nunca percebidas tão tapadas pelo medo de talvez não ter mais aquilo, já que o amor nos faz pensar que sem isso não se pode viver?"
Mas eu, por mim, quanto quem escreve, digo que, o amor verdadeiro, tem medo, mas acredita em si, na sua existencia em si, já se faz feliz, por ser amor.



(dia 26 de setembro de 2008)

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

"Que tipo de homem tu quer?"

Quando se pergunta a uma mulher que tipo de homem ela quer , logo vem dizendo "ah bial, (q?), eu quero um homem sincero..", daí eu fiquei pensando, de que já conheci meninos sinceros os quais me relacionei e nem por isso não me incomodei. Porque um ser humano que nunca mente não quer dizer que sempre tem boas ações, o fato é que ele não esconde os defeitos...Daí pensei e pensei afundo no que as mulheres queriam quando pensavam nisso.. Sinceridade não há mutações, é sinceridade e pronto.
Pensando nisso, com a percepção a mil, fiquei analisando o que de sincero (pelo menos em que parte) é o que queremos..Me dei conta de que, queremos que, não tenha apenas a sinceridade de dizer que achou uma garota bonita, mas que tenha a sinceridade de não mudar o jeito com que trata a companheira devido a esta presença bela. Queremos que não tenha a sinceridade de dizer que é vaidoso, mas sim a sinceridade consigo, de se arrumar por se sentir melhor, e não "porque assim se pega mais garota".Queremos a sinceridade dele dizer que adora os amigos, mas tb a sinceridade dele se sentir bem consigo tendo sua namorada em sua vida e não muda esta idéia perto dos amigos por vergonha. Queremos a sinceridade de ouvir que estava com saudade, mas a de ter saudade e não de ligar só porque ela ia ficar brava. O que se quer mesmo, no fundo, é que o cara seja sincero com ele mesmo, mais do que conosco, que ele saiba o que faz e o porquê do que faz e não que comete atos, fala sobre eles, mas não entende o que se passa. Queremos que o cara seja sincero com as atitudes dele, e não só com palavras, se ele for sincero consigo mesmo, terá auto-critica, o que significa que raramente mentirá (pois será sincero consigo de ver que não leva a nada e dificulta), dificilmente trairá, (porque se conhecer-se, saberá que se lhe deu vontade, então o namoro não vai bem e tem que repensar), dificilmente não será leal, (porque se ama alguém, dentro de si, sabe o que o amor atribui). Sim, o que se mais pode querer se não um homem sincero consigo mesmo. Só isso.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

"Parabéns pelo que?"

Eu, não nasci dia primeiro de janeiro, então, pro meu corpo, pro meu espírito, dia 1 de janeiro tem festa, todo mundo sejoga, até penso no que mudei ou não no ano passado, faço planos, e tudo mais, mas não me sinto em mudança ou encarando uma coisa nova, não mesmo. Nestes dias do primeiro mês de agosto, tenho estado estranha comigo mesma, pedi um tempo de uma semana com meu namorado, dei uma semana sem falar com a família, dei-me uma semana sem me pesar na balança, arrumei todos os armários do meu quarto, joguei mt coisa fora, não quero mais, não sei porque. Senti-me tão estranha e seletiva que pensei estar ficando louca, me vi mudando coisas de lugar, me vi selecionando em uma semana o que de fato era importante ou não levar pro ano que vem. Ano que vem?
É, o ano que me vem. Eu nasci dia 10 de agosto, pro meu corpo, pra minha alma, meu ano novo, na minha vida, inicia-se agora. Agora, vou ter mais um ano, na MINHA vida, pra ver o que quero ou o que não quero, ver o que levo ou não levo, ver o que errei e o que aprendi, me sinto em véspera de ano novo, pra mim, mais um, eu tive 22 anos, ano por ano, separado por uma idade, separado por acontecimentos, por mudanças, eu tive vinte e dois anos pra aprender a lidar com o próximo, e então, esta história de inferno astral quer dizer aquele estresse todo que passamos no final do ano tentando crer em coisas novas sendo que elas são as mesmas, inferno astral é o tempo em que, sem perceber, meu sub consciente se sente em mudança, isso é difícil, quando não se tem claro o que está acontecendo.
O que está acontecendo, é que estou prestes a ganhar mais um ano da vida, da minha vida, estou prestes a ter mais 365 dias pra me divertir, aprender e adquirir coisas, não é uma data que se ganha presentes, é uma data que se quer estar presente, dentro si. Para ano que vem, este ano, o de número 23 pra mim,seja novo. Feliz ano novo pra mim, nada de feliz aniversário.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

"Morte ou medo?"

Me dei conta que de tinha o nome dele junto do meu escrito em giz de cera na parede no meu quarto. Tinha um espaço no meu quarda roupas com as roupas dele. No armário do meu banheiro, há a escova de dente dele, a pasta de dente que ele prefere também. Há a toalha dele junto da minha. Tem um travesseiro com o cheiro dele na minha cama. Junto dos meus lindos sapatos há um tênis all star preto de couro. Dele. Comecei a perceber que junto disso nos meus planos de dia dos namorados tudo inclue ele. Junto desta data há também planos com ele no meu aniversário. No natal. Nas férias. Na formatura que falta mais ou menos cinco anos pra acontecer ele está junto dos planos também. No meu cotidiano ele está hà todos os momentos. No meu futuro sem querer ele está. Olhando famílias juntas em dia de inverno ele está nos meus planos também.
Junto de tudo isso que me dei conta, quem mais me deu conta dos sentimentos que senti foi um tal de medo. Medo dele sair da minha vida. Medo de ter de apagar os escritos na parede pintando-as denovo. Um trabalhão pro coração. Tirar as roupas dele do armário. Ficará vazio ali? No meu banheiro as coisas dele eu tiro, mas a sensação vai ficar ali um tempo. Ele pode tirar os tênis da minha coleção de sapato, eu compro outro pra colocar no espaço vazio. Mas duvido que a minha emoção de um sapato novo na estante vai ser a mesma. Terei de fazer todos os planos novamente. Sozinha. Porque não? Se até conhecer ele eu nunca imaginei alguém do meu lado tanto tempo assim.
O problema é que penso em parar de fazer planos. Penso em não deixar mais ele ocupar todos os espaços da minha casa, da minha alma, da minha cama. Tenho medo agora. Agora mesmo neste momento, tenho medo de sofrer no futuro. Penso em tirar as roupas já dali. Em pedir que leve a escova de dente dele dali e a traga somente quando vier dormir aqui. Quase quatro dias por semana. Penso em não ouvirmos mais músicas juntos, senão quando isso acabar nunca mais vou ouvir música novamente. Na verdade, se fizermos tudo isso, nos distanciaremos, e se nos distanciarmos, certamente nos amaremos menos, e nos amando menos poderemos terminar mais cedo do que o nem previsto. O que fazer então, viver sem pensar no medo e sofrer como se morressemos depois, ou viver morto por medo da morte no amor?

segunda-feira, 27 de julho de 2009

"Entrevista de (des)emprego."

(Ela com voz gauchesca arraaaaaaaaaaaastaaaaaaaaada )
-Olá Carolina, meu nome é Matilde tah, e eu vou fazer a entrevista contigo ok?
- Ok. (né)
-Tu sabe como funciona a Informatizada , conhece alguém que estuda ou já estudou aqui?
( Pausa dramática...)
-Não...(não eu não moro na santo afonso.)
-Então Carolina, eu vi aqui que tu teve teus ultimos trabalhos envolvidos com vendas. Como foi isso pra ti?
-Olha, foram bons, foram os empregos que eu consegui.
-Ahããããm...E qual deles que ti fez mais feliz, que ti deu mais dinheiro?
-O que me deu mais dinheiro foi um e que me fez mais feliz foi outro. (se bem que eu nunca fui feliz com vendas muito menos com telemarketing incomodando pessoas em casa, muito menos com a ong que era só pra sustentar meu patrão metido a rico, e na óptica vender óculos escuros no inverno era difícil, mas enfim...)
-Ahããããm..e como tu lida com metas?
-Vocês me pagam pra trabalhar, em troca eu faço o que vocês mandarem, sejam metas ou o que for.
-Ahããããm, então, tu rebece 50 ligações para fazer, digamos assim, daí tu fica, as folhas são verdes, o céu é azul, ai meu cachorro (e eu me perguntando onde ela quer chegar e o que ela está me dizendo?), ai minha mãe, meu namordado, e não liga pra ninguém e não bate a meta, ou tu liga, mas chegam três clientes que tu tem que atender e não bate a meta porque estava ocupada, entende?
-Sim sim, entendi. (Credo, gente, onde eu estou.)
-Tu viste que aqui é uma empresa padrão ok?
-Sim. (sim eu vi, todas as meninas com cabelos iguais, maquiadas e com mules de cetim roxo, e claro, com uma aliança no dedo esquerdo)
-Como tu reage em ter que seguir este padrão?
-Bem. Não me importo em usar uniformes. (mas não vou me casar cedo ou usar mules coloridas ou roxas sendo que o uniforme é laranja ok?)
-Aham, e em relação aos teus piercings, tu ti importaria de tirar? Principalmente o da língua, que dificulta entender o que tu diz.
-Bom, eu fiz fonoaudióloga durante três anos quando fiz técinica vocal, e tenho o piercing à 8 anos, não creio que ele dificulte a minha fala, mas tiro durante o trabalho sim.
-Aham, e em relação ao teu cabelo, tu pode soltar pra eu ver como ele fica?
(eu solto o cabelo, meio sorrindo não acreditando nisso...)
-Ah...mas Carolina, é muito pior solto...tu poderia cortá-lo se fosse necessário?
-Não. Não vejo mal nenhum em amarrálo, todas estão de cabelo amarrado.
-É mas este teu rabo é meio estranho né, sabe como é, eu não me importo mas as pessoas que vem a uma empresa padrão como esta (opa, estamos falando da Informatizada?) vão pensar "Olha ela é dos mano, das mina".
(O QUE?Mas tu é totalmente sem noção!!! Mulher!!!)
-Olha, eu não sei como tu podes pensar isso de mim sendo que eu estou de terno, calça social, salto alto, maquiada e com uma PÉROLA NA ORELHA, uma "mina" não usaria isso, certo?
-Sim, a gente entende mas as pessoas que vem aqui não.
(é verdade, as pessoas da santo afonso, vila marte que vem aqui achando que fazer informatica vai ajudar na vida delas realmente são padrão e eu tenho que deixar de ser quem sou pra poder atender estas pessoas.)
Tah gente, eu perdi a vaga, claro. No outro dia que eu tinha outra entrevista com o gerente, eu fui com um casaco preto, ela me viu e disse "-opa! Hoje tu veio meio dark. (que?). Não pode-se ser sincero pra adquirir um emprego e muito menos inteligente. É isso?

quarta-feira, 15 de julho de 2009

"Defeito.Tu tem?"

Volto na van da uni cheia de gente que nem sei quem são. Nem sei mesmo. Sei onde moram e tal, sei até o que fazem na facul, mas não sei como pensam, como são em sociedade e como são consigo. Tento puxar papo com alguns meninos. Meninos não competem. Meninos são legais.
Porém, há uma menina a qual eu não gosto. Eu. Como eu posso dizer que não gosto de alguém? Penso e penso que eu nã tenho direito algum de não gostar de alguém que me é indiferente na vida. E se de fato eu não gosto, então deveria eu me sentir indiferente, do tipo nem pensar, nem ver, nem perceber. E se me incomoda, algum problema tenho eu, não? Mas não, uma das meninas é amargamente destetável pra mim. Depois de dias me perguntando o porquê de me sentir assim com aquela tal, pensando que eu não poderia me sentir assim de graça. Analisei todas as coisas que me incomodavam. Comecei afirmando que era a voz, que é fina e estridente. Depois coloquei a culpa no cabelo, comprido, sem corte nenhum, absolutamente sem graça. Depois que ouvi ela dizendo "meu marido", coloquei a culpa no fato de que ela era nova e era casada então era burra. Fora que sim, ela é estúpida com as pessoas e está sempre de mal humor, mas nunca comigo.
Mas não, nada disso... Pensando e pensando o porquê de eu me incomodar, cheguei a conclusão de que detestava ela exclusivamente por tudo o que eu disse ali em cima, não fazer diferença nenhuma entre as pessoas que gostam dela. Enquanto eu cuido do meu cabelo, cuido da voz, sou querida mesmo quando estou ´puta, e faço um esforço danado pra ser legal, ela é daquele jeito ali, desleixada e todo mundo gosta dela, e isso irritava a mim, pra mim. Nada a ver com a coitada.
Defeito nada mais é do que uma qualidade que o outro mostra, (sem se preocupar), enquanto tu te esforças pra esconder, achando que pode modificar a tua impressão com a sociedade, a pessoa ali vive normalmente sendo quem é e nem precisou ter tantas preocupações como você. Ela não tem defeitos, eu que tenho o defeito de achar que devemos nos modificar pra agradar os demais.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

"Ideais e Amor."


Eu meio que não acredito em amor. Quando se trata de namoro.Muito menos amor a primeira vista. Acredito que amor é uma coisa a ser construída. Uma coisa que com o tempo se cria, e vem depois de muita troca, compreensão, ajuda, acolhimento, divertimento e o principal, convivência sem grandes conflitos. Ora pois que vejo meninas apaixonadas, isso sim, nisso eu acredito. Acredito em paixão a primeira vista, ora que pra mim paixão nada mais significa que tesão colocado de uma forma mais delicada.
Volta e meia me aparece uma colega de 17 anos, que diz amar seu namorado o qual está com ela a três meses, e eu pergunto o porque de ela achar que ama ele. Eu invento de perguntar coisas ás vezes que eu não sei o que eu quero com isso. Sinceramente. Daí ela me responde,
:" -ai, quando eu vi ele na primeira vez, tu tinha que ver, ele tocava violão, uma música linda, sabia tocar muito bem, ele lê bons livros, ele é inteligente, desenvolto, enfim, ai eu amo ele.".
Aham cláudia, senta lá.O que ela ama? Quem ela "acha" que ele é. Sim, só pode. As pessoas tem mania de idealizar o objeto de amor para verificar que são amáveis aos olhos de seus próprios ideais.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

"Um bom livro, um bom ser humano pra ser."

Eu faço psicologia. Meu namorado faz psicologia também. Ele no sétimo semestre, eu no primeiro. Eu sou fissurada pelo curso e, aproveito tudo o que ele tem a me dizer e tudo o que ele aprende, escuto com fervor. Pois um dia me aparece ele com um capítulo de livro, xerocado, na mão, me estende e diz "aqui, o autor descreve um terapeuta ideal, e na verdade, ti dou isso, porque ele praticamente ti descreve". Imaginem a minha alegria, eu, recém entrando nos estudos de psicologia, saber por meio de Contardo Caligares juntamente com meu namorado, que, eu, Carolinda comum Menezes, sirvo pra tal feito tão bem o quanto julgo que tem de ser sacerdócio pra exercer tal função nas vidas alheias.
Pois vejamos o que o tal Caligares, em seu livro "Cartas a um jovem terapeuta" diz; ele começa contando uma história sobre seu pai, médico, que recebia muitas flores, presentes, de seus pacientes, ora pois que , o psicólogo, não ganha presentes, e diz que o mesmo, não deve exercer a profissão querendo gratidão social, gratidão do paciente, pois quando tudo dá certo, é com muita alegria que o paciente vai embora. E o que se deve querer de fato, é fazer o outro feliz, sem querer nada em troca. Fala ele que o futuro terapeuta, deve ter um gosto pela palavra, e um carinho espontâneo pelas pessoas, por diferentes que sejam. Bater um papo com moradores de rua, deixa-los falar, falar, e ouvir, mesmo que o texto vire desconexo, que ele não desnprenda a sua atenção, e que muito menos você se enoje de ele passar a mão encardida em você. Fala sobre obtermos uma curiosidade extrema pela variedade de experiência humana, sem o minimo de preconceitos. Você pode ter e até deve, uma religião, algo o qual acredite, mas não pode fazer dele regra, a todos. Outro fator importante, é preciso sim, ter sofrimento psiquico, através do mesmo, sabemos como lidamos, como reagimos em certas situações, aprendemos com a dor. É preciso não ser nada certinho, experimentar de tudo na vida, de emoções, viagens, tudo, porque ter uma quilometragem de experiencia, ajuda a entender o proximo.
Enfim gente, lendo isso fiquei pasma, não por me julgarem ter estes atributos tão lindos como qualidades, mas por achar que estes atributos, deveriam ter todos, todos os seres humanos. O fato de ser humano, ser humanitário, se preocupar com todos, sem querer nada em troca, sem ser o bem. Claro que um psicologo deve ter tudo isso mesmo, ajuda muito, mas se pensarmos bem, e se todos tivessem estes atributos?E daí me lembro de uma frase que li num livro que dei a um ser humano que amo, que dizia o seguinte "-minha religião é muito simples, minha religião é a bondade" esta era a fé do coração., 14* Dalai Lama.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

"Sofrimento psíquico"


É mais raro quem apresenta catexias como sintomas físicos procurar um psicólogo do que aquele que está passando por um sofrimento psíquico, visando também que o próprio sintoma físico, chama mais atenção quando o mesmo causa sofrimento ao paciente.
Em toda a nossa vida, criamos expectativas diárias, de vida, de relacionamento e etc, quando não atingidas as expectativas, a tendência é sentir-se decepcionado. Há quem projete esta decepção no externo, colocando a culpa do "não acontecimento" esperado, em alguém, ou em algum fato definido, e há aqueles que se "culpam" pela decepção.Há aqueles que projetam ao externo, negando a dor da decepção, (levando em conta que é mais fácil apontar problemas e defeitos no extreno, do que observar que nós mesmos nos causamos o que sentimos, porque desta maneira, observando em nós o problema, cavamos muitos outros os quais somente nós mesmos podemos resolver). E há, aqueles que projetam no interno e se culpam, e que se acham insconscientemente incapazes de relutar, resolver o que sente com a decepção, e fica triste, somente isso. Não muda, não pensa no erro e nem nada.
De uma maneira ou de outra, o sofrimento psiquico não nos é estranho, sendo que quando nascemos sofremos, na castração sofremos, e apartir disto, aprendemos ou não a lidar com este incômodo sentimento. O melhor remédio, ou a saída mais fácil, é aceitar o sofrimento, perceber da onde vem, como e porquê, com qual força, e o que se pode fazer para evitá-lo ou, superá-lo sem cicatrizes . O psicólogo ajuda. Ele não dá as respostas , mas dá o questionamento necessário para que o paciente encontre o caminho de onde vem seu sofrimento e o porque dele se manifestar , e ajuda o mesmo a entender-se para poder resolver o que sente.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

"Moradores de rua, e daí?"

(esse texto nem precisa foto, e eu quero ver quem vai ler um texto grande destes.)


Ela fazia trabalhos sociais.Tinha um projeto com moradores de rua. Estes mesmo, que você vê e vira cara. Estes que recolhem os lixos que nós achamos que são lixos e eles aproveitam. As vezes comem. Estes que quando você vê na praça, vai pelo outro lado. Estes que você finge que nem sabe que existe, afinal, você é cheio de problemas não?
Ela teve que fazer uma pesquisa com eles. Sim, falar com eles, abertamente, saber da vida deles, ficar perto deles, despertar o interesse deles. E assim foi. Ia para a rua, andava por aí, já sabia mais ou menos onde tinha visto alguns, ela olhava, e reparava, para ela, eles sempre existiram, bem ali. Ela achou que seria dificil, ela era uma garotinha, meio patricinha, meio não. Como eles iam aceitar que ela soubesse da vida deles sem que eles se sentissem julgados? Ela nem sabe como fez isso mas ela fez. Foi pra rua, chegava rindo e dando oi, como se fossem iguais. Eles são iguais.Eles falavam com ela normalmente, eles eram espertos, eram garotos de rua, ora bolas, sabiam onde iam, o que queriam, sabiam de suas escolhas, porque as escolhiam mesmo. Eram novos ainda, usavam e usam drogas, porque o que mais eles poderiam fazer de prazer? Comer não pode ser, trabalhar não tem, ego não há mais, expectativas não há mais, alguém do lado nunca teve, solidão pra eles não traz paz. Não. Mas na rua encontrou poucos até, e , sob medidas drásticas, teve de ir no albergue da cidade. Lá sim, deve ter mais, e lá sim, eles estão. E ela foi, e eles estavam lá. Mas lá, eram senhores de idade, que sabiam que na rua não dava...E a única alternativa (porque quando não se é valorizado pelos filhos, perde-se o empego por causa da idade, e não tem escolaridade, nem ninguém), era ir pra lá. Lá estavam eles, sentados todos em roda de uma mesa daquelas de churrasqueira que a gente tem na casa da praia, eles jantam ali, o que for que tiver. Eles não tem opção. Eles não tem escolha. Alguns deles, com 60 e poucos anos, esperam a vida passar dia-a-dia. Quando eles vão dormir, numa cama que não é deles, num lugar que não foi eles que construiram, com cobertores doados pela "boa ação" alheia, ninguém vem em mente, nenhum pensamento sentimental envolve qualquer um deles...Os filhos cresceram, sumiram..Quem pensa neles quando eles estão indo dormir? Quem sabe que eles existem e o que ele podem fazer neste mundo que mude alguma coisa em alguma coisa? Quem sabe o que é solidão?
Não, você tem problemas demais, tem que pagar a conta de luz, de água, porque você tem uma casa. Tem que pagar a prestação do carro? Bah, que foda eim? E há quem diga que eles mesmo são os culpados...Sim, super mais fácil dizer isso e fechar os olhos. Mas vejamos por outro lado. Tem culpa o homem que teve de trabalhar aos dez anos de idade e largar da escola? Depois ter uma casa alugada e perder o emprego? Porque não arrumou o outro? Ah sim, emprego pra quem não tem escolaridade é super fácil, ainda mais um salário pra pagar aluguel e alimentação. Tem culpa uma criança que morava com a mãe, sem pai, ela pagava aluguel, e ela morreu. Sim, uma criança de doze anos tem estrutura para pensar o que fazer e solucionar o seu futuro. Tudo bem, não pode-se generalizar, mas não pode-se generalizar de ambas as partes.E agora, fazendo este trabalho, ela se pergunta, se tem algum problema na vida, se a vida dela é dificil. Não, não é comparada com a deles. Difícil, é viver sabendo que poucas são as pessoas que se dão conta e muitos os que fazem que não vêem, essa gente que é igual a ela, e , sinto muito, igual a você.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

"Não tem?"


Muito bacana ver que no meu texto do "alguém me ajuda" tiveram mais comentários do que os quais eu falava sobre amor, hipocrisia, crises existênciais...Fiquei me perguntando o que chamou tanto a atenção das pessoas a virem aqui e ler o que se tratava. Claro. Se tratava de alguém em uma posição de vitimização. Precisava de alguém. Todo mundo quer ser o alguém de alguém. Todo mundo quer ajudar. As pessoas mais privilegiadas de auto-conhecimento, adoram ajudar.

Sim, eu mesma adoro ajudar. Quero terminar o curso de psicologia pra poder "ajudar" as pessoas mais frágeis psicologicamente. Mais frágeis psicologicamente que quem? Que quem? Neste caso, pessoas mais frágeis que EU! Daí pensei que, talvez essa síndrome de boa pessoa, de querer ajudar tanto, pode ser uma maneira de dizer sem querer dizer já dizendo "eu sou mais forte", ou "eu sei mais do que tu".

Queira ou não queira, cada vez que ajudamos alguém, estamos nesta coisa de sermos superiores. Aí, vem a idéia de que, todo mundo adora ajudar, todo mundo quer mostrar que já passou por aquela situação e entendeu bem ela, aprendeu com ela e tal e sabe lidar com "problemas". Claro, que, o que pesa mais, é que, nos sentimos bem ajudando, pela alegria do ajudado, e não por nós mesmos. Mas que tem um pira de orgulho, mesmo que seja recalque , tem. Não?

terça-feira, 14 de abril de 2009

"É hoje."


Somos a geração dos jovens impacientes.
Não temos paciência pra televisão, ouvimos música.
Não temos paciência pra era Bossa Nova, ouvimos rock 'n Roll.
Não passamos tardes tomando chimarrão. Passamos tardes bebendo entre amigos, falando, falando, usando drogas que aceleram o coração.

Não flertamos até o beijo. Beijamos até a conquista.

Não conquistamos pra casar, conquistamos pra transar.
Não sabemos se vamos casar, nós jovens impacientes não fazemos planos, pra não os esperar.
Estudamos pra nos entender, nós queremos saber. De nós. Não do futuro. Não dos outros.
Somos a geração dos jovens impacientes porém, cientes de que a vida é hoje.
Dessa vida só se leva a vida que se levou.
Querer garantir um futuro, pra morrer com um velório onde não enterrarão tvs de plasma, não enterrarão o grande apartamento, o carro, nada. Só o corpo. Nem a alma.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

"Alguém me ajuda?"


Semana passada depois de postar este último texto falando dos "exs," eu me perguntei: "-o que eu to fazendo?", e fiquei pensando horas sobre o quanto eu de fato não concordava com o que escrevi. Ora que já senti aquilo e tive aquela visão sobre os meus "exs", mas tudo superado, tanto que falo com todos eles hoje em dia e considero-os, amigos meus. Daí justifiquei a mim mesma o fato de que quando consegue-se escrever sobre sentimento, com certeza é porque ele já passou, porque quando sentimos não conseguimos lidar bem, por tanto, escrevo aquilo que já não sinto mais e que, olhando pra trás é a visão que tenho de quem fui naquela época, de como pensava naquela época. Quando escrevo, já não sou, já não sinto.

Outra coisa, é que derrepente, depois de ter escrito um texto onde foi o mais comentado pelo público gay, " Eu dou a elza e quem não dá" (não aqui no blog, porque as pessoas tem mania de vir me dizer que leram e amaram e mandar pelo orkut comentários ao invés de deixar aqui um comentário, porra) eu parei de escrever coisas momentâneas, como filosofias do "Eu não pertenço a isso aqui" e "O mal do amor" e bláblá, e comecei a contar coisas que sabia que agradariam mais pelo lado engraçado e divertido que o lado culto, do tipo, quem lê, sai pensando em si sobre o que leu. O problema é que se eu queria fama com isso, achando que os gays (mulheres, homens, vanessões), seriam os que mais leriam, e deixando de lado os cultos, me enganei. Não quero ofender ninguém, mas fora os Gays cultos e publicitários que conheço, mais nenhum lê um livro inteiro na vida (a não ser quem sabe a biografia da madonna), e que se este fosse um blog sobre fofocas ou algo falando mal de artistas, ah meu bem, daí sim, ia ter comentários e visitantes pra mais de metro. O que preferem ler aqui afinal?


to errada? me digam! preciso de ajuda! Mas respondam com argumentos, e não com ofensas, e ataquem o assunto, e não a pessoa eim?

terça-feira, 24 de março de 2009

"Os "ex"...meus, teus, deles."


Todo mundo tem ex. O primeiro ex, o segundo ex, o terceiro ex, (se tiver sorte ou se for piriguetchy tem até quarto ex). Todo mundo tem.Têm os estilos Jason, aqueles que você acha que você matou, mas, de repente em uma noite escura e chuvosa cheia de relâmpagos ele aparece entre os flash dos raios pra ti assustar, e você não corre pela porta afora da casa pra fugir, você corre pro quarto. Tem o ex estilo Will Smith, que sempre que ti vê vem ti trovar, afinal, vai que você caia e ele ti coma de novo, ahn? Tem o ex estilo "não conheço", aquele mesmo, que passa e faz que nem conhece você.
Os ex são incógnitas para as mulheres, realmente não tem como entender, tá bom, você sabe que errou, ele também errou, enfim, essas coisas acontecem mas, acabou acabou amigo! Não tem vinculo de família, não é do mesmo sangue que tu é obrigado a respeitar ou gostar, do tipo "respeite que ele é seu pai menina". Nada disso, ta certo que ficam coisas pela casa, mas ok, pode vir buscar. Nada de ficar voltando e aparecendo do nada dizendo que ficou com saudade. Ficou com saudade do que ele sentia e não de você. Vai ver ele sentia saudade de ter alguém pra fazer as coisas pra ele, ele sente falta de sentir-se no comando, e não de quem você é, não caia de novo amiga, não caia. Outra coisa absurda é o tal do ex que faz que não ti conhece, isso mesmo, DORMIU pelado na minha cama, e agora não sabe quem eu sou? Mas eu sei muito bem quem e como você é amigo! Como assim, me viu pelada e não me cumprimenta? Mas que falta de respeito é esse? Ora que dorme com a gente, toma banho com a gente, vê a gente sem maquiagem , vê a gente chorando e depois nos odeia? Isso é perigo, uma ameaça solta na sociedade pela amordedeus! E aquele que ti vê na festinha e percebe que tu tá arrasando e vem dar em cima? "Quer ver como eu ainda ti tenho?" Ainda me tem longe de ti, isso sim. Affe, haja paciência, esse tipo é aquele que não merece o quanto a gente é boa de cama. Esses não merecem.
Enfim, pra quê né gente, a pessoa namora uma pessoa no mundo pra ser uma a menos a se dar bem com ela? Mais uma a odiá-la? Há namoradas que falam mal dos exs, mas amigãm! Realiza uma coisa, tu gostaste daquela pessoa então há coisas nelas que são boas, mas as más talvez por recalques teus tu não suportes! Se o ex é homem, vai falar com você depois de uns anos, claro que não no dia seguinte querendo ser amigo, daí não dá. Mas, o foda mesmo é que só vamos colhendo mais ex na vida da gente e o mundo é cheio deles, mas agora, vem cá, e seu namorado? Nunca foi ex de ninguém? O fato é que não queremos ser inimigas dos nossos "ex" , só queremos que eles tenham noção de que acabou ou quem sabe, que eles fiquem longe de nós, o que é melhor?

terça-feira, 17 de março de 2009

"Não brigada, não quero sexo."

(é longo, mas vc deve perder anos lendo letrinhas no msn, então vamos lá.)

Ele se diz mais calmo e muito menos estressante do que eu. Ele acorda quinze minutos antes de sair, levanta, coloca a primeira roupa que está ali, (que eu lavei), e sem se ver no espelho, sai andando pela rua fumando um cigarro com uma garrafinha de água na mão, não toma café da manhã porque tanto faz se ele tiver com uma fome de leão e comer que nem um boi no almoço, ele não engorda. Eu, acordo uma hora e meia antes de sair, perco meia hora de calcinha na frente do armário com a mão na cabeça, me perguntanto e pensando quando foi a última vez que eu usei esta roupa ali? E aquele sapato? Depois de tudo isso fico meio hora me maquiando, cílhos, blush, sombrancelha...e o cabelo, me tira mais meia hora, até arrumar a bolsa e estar com ela na mão, hora de sair. Saio comendo a torrada e com um copo de plástico com café na mão, porque compro de plástico cansada de deixar xicaras na parada de ônibus. Ainda saio atucanada pensando, se meu cabelo tá legal , preciso colocar o gloss e o ônibus se mexe, e quando olho pra ele aterrorizada ao avistar que vai chuvar e meu cabelo não aguenta, ele me diz 'tah linda meu amor", mas o que? tá linda o caralho, tu não viu que já começou a arrepiar aqui o meu cabelo? Que nada, nem nota.
Ele almoça ali no trabalho mesmo, eu, tenho que sair, e ir até um restaurante natural, comer salada, e UM pedaço de carne, e ainda quer que eu atenda o telefone neste período, ok., "tudo bem meu amor? almoçou direitinho?" sim, de acordo com o que os passarinhos comem eu comi sim. Até de mais. E daí lá vem ele querer ser gentil, "amor, mesmo se tu fosse uma baleia, eu ia ti amar", mas eu não, eu não ti amaria meu bem, pode crer. Passa-se a tarde trabalhando, atendendo telefone, resolvendo problemas que não são meus, começa a chover lá fora, ainda tem faculdade e não sei se meu cabelo aguenta. To com fome, fome de coisa boa ora. Preciso esperar até o café da maquinhinha no corredor da facul. Chega seis e meia, acabo o trabalho. Preciso me arrumar para a van que chega daqui a ´pouco, porém, já estou maquiada e como não dá tempo de tirar toda ela e refazer, só passo por cima, denovo, e o cílios SEEEEEMPRE dão errado, ficam grossos que deixam de ser cilios, e tem que tirar e fazer tudo de novo. Tiro o uniforme, coloco a roupa que eu escolhi demanhã, porém, quem disse que detardizinha eu concordo com a minha escolha feita demanhã? Saio O-d-i-a-d-a com aquela roupa, ainda achando que quando eu entrar na van vão cantar pra mim "gosto muito de ti ver leãozinho", porque com esta umidade ninguém salvameu cabelo. Antes da van chegar não dá tempo de comer nada, fico ansiosa esperando o café aquele, da máquina, lá naquele corredor.
Chegando na facul, encontro meu namorado na cantina, ele lá, rindo, de regata, chinelo e bermuda , (o-k), e eu a mais bela achando que está num desfile. Eu com fome, olho pra ele com cara de quem chama, e ele faz um "vem cá", chegando perto, ele diz "esse é meu amigo fulando de tal, ele..." Ele o que? Melcu, ele vai me dar comida? Vai arrumar meu cabelo? Vai me dar outra roupa pra vestir? Não? Então vamos que dsqui a pouco a máquina de café lota. Chegando na máquina, a mesma não dá troco e eu tenho dois reais, e custa 1,10, eu estou disposta a perder centavos por este café, mas meu namorado achando-se gentil diz, "vamos ali eu troco pra ti", o que? achas que eu tenho tempo? daquia pouco bate eu preciso estar na sala, por favor e, ele vai.Ele troca. E eu já estou louca querendo matar quando ele me pergunta "porque tu tá brava?" porque????? Porque tu levou uma hora com o dinheiro que eu preciso comeeeeer porra. Fome de mulher não se brinca.
Depois em casa, a pessoa toma banho, passa creme, creme nas coxas pra celulite, creme nas pernas pra pele seca, creme nos ombros pra oleosidade, creme na cara pra rugas, creme no cabelo pra ficar liso, creme nas mãos contra todos estes cremes, e se deita na cama querendo um abraço, querido, protegido, daí, abraço o namorado , forte, dou um suspiro de alívio, tenho algumas horas pra dormir, e ele vem querer falar em SEXO? Qualé teu problema? não sabe que todo dia 15 eu fico com tpm? (Tadinho, não ele não lembra)

terça-feira, 10 de março de 2009

"Eu dô a elza, e quem não dá?"



(é longo, mas deixe de ser preguiçoso, a cultura exige esforço)


Eu dou a elza.Não aquelas elzas casuais, de quem fica com o isqueiro de quem e sem querer.Não aquelas elzas de quem não tem dinheiro, mas aquelas elzas de quem sabe o valor do mesmo.Eu dou a elza sim. Ora que eu quero saber o porque de não poder tratar meu cachorro como gente, mas não vou pagar dez reais pra isso, preciso pagar pra informação da boa vida de meu cãozinho?Eu não, (cláro que os meus cães merecem, mas a empresa não), sendo assim, quando vou no mercado, normalmente aqueles da walmart, escolho uma revista pra mim, mas tem que ser interessante, nada de Capricho, Contigo, ou Caras, nada disso, precisa ser útil. Até na verdade fiquei em dúvida entre essa superinteressante sobre cães ou a Sabrina Sato semi nua na capa da vip.Vale o que for útil, não fútil, então, ainda na fila, (naquela comprida das pessoas que tem poucas coisas), olhei a revista esta, e , colquei em baixo do braço.Logo, a revista escolhida precisa estar sem o plástico, se ti pegarem, diz que é tua até a morte. Passo no caixa, com a revista em baixo do braço, pago as coisas que comprei,(normalmente pão, queijo, presunto, e uma bebitchinha, afinal, quem vai desconfiar de uma quase dona de casa), e saio bem feliz até a parada pra ir pra casa.

Às vezes dou o truque do celular, pra roubar tridents, afinal, fizeram agora umas embalagens que vem 18 chicletes que duram anos com o sabor na boca e ajudam no hálito, (ótimo também pra quem costuma vomitar na festinha e continuar nela, dá-lhe trident.), porém, custa 3,98 centavos a tal embalagem nova (que além de prática é um luxo). Eu não vou pagar quase quatro reais, (que daria uma carteira de cigarro box ainda por cima ou uma ceva num bar), por chicletes, que eles melhoram a cada ano e ainda querem cobrar mais. Não é luxo amiga, é necessidade. Este de pegar o chiclé é o mais fácil. Pego, (ainda na fila bendita das poucas coisas e muitas pessoas), e o coloco embaixo do celular que fica na mão, o celular, (v3), tapa o chiclé embaixo, chegando no caixa, comprimento muito educadamente a menina que me atende, e , ao pegar a carteira na bolsa, largo o chiclé na mesma. Fácil.
Tá bom galerê, me sinto meio mal, ainda mais uma menina meiga como eu, mas convenhamos, eu nunca comi aqueles pacotes de mm's de amendoin enorme, porque pagar dez pila é demais, e aquelas batatas springles? Um absurdo. Prefiro me sentir mal de ter dado a elza a me sentir mal gastantdo meu dinheiro suado em coisas absurdamente caras sem necessidade. e tu?
(relatos tirados de uma garota numa mesa de bar, mas deixemos o nome dela pra lá, valeu eim "fulana" hahah)

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

"Ter orkut e namorado."


Ter orkut namorando não é fácil. Entra e vê. Se vai deixar um recado, já dá uma olhadinha e, se lê os recados recebidos, "ah, eu também adorei!". Eu também adorei o que meu deus? Vai lá na pessoa que enviou e lê o que é que foi que os dois se emocionaram. Depois vê que tem pessoas ali no tal "scrapbook" que nunca viu, "ih..quem é aquele bonitão ali?". Cheio de "amigos" dizendo "ois" pretenciosos. Quê? Não são? Ah pára.
Para colaborar ainda tem fotos. Se exibindo. Bonitas. Na festa, loca-loca-dance. Parece solto(a)? Para ser mais útil ao namoro, não precisa nem entrar no album, futricar, o orkut faz questão de mostrar a TODO MUNDO, o que o seu (sua) namorada (o), comentou na foto do fulano (a). "opa, nem sabia que eles se conheciam"...Fora os "testimonial" que o outro recebe e se pergunta "porquê esta pessoa acha o meu namorado (a) tão legal?". Fora os testimonials que ele (a) recebeu e nunca aceitou, quando tá ali. A pessoa no pc, e se passa atrás e vê, já acelera o coração e a curiosidade quase mata de taquicardia.

Pois é, aberto ali o orkut esquecido, e se lê os testimonials que foram escritos por ele? Termina ali o relacionamento, porque se foi escrito em testimonial, é porque é pretensioso, ou sigiloso, ok? E se começar o namoro e o status ali não está nada dizendo "namorando", como assim? O que isso significa? Dá pra manter o orkut namorando, porém, não olhe o dele (a), deixa assim vai...

sábado, 7 de fevereiro de 2009

"Eu quero ser perfeito."


Para aprender era preciso errar. E não bastava o erro de não saber o que fazer, me importava errar aceitando toda a dor previsível, inevitável de manter-se sendo quem não se pode ser.

Às vezes não bastava-me ter cicatrizes, era preciso cortá-las para sentir sangue novo jorrar de feridas antigas , tentando apenas lembrar quem me sou. Perceber que a perfeição é inalcançável às vezes requeria julgarmos que a tínhamos alcançado.

Aceitar e amar a companhia de um estranho necessitava o esquecimento de todas as horas de ideação que havíamos travado a respeito de como seria viver com alguém, tempos em que tínhamos tempo e solidão de chega para pensar em uma coisa dessas, invés de vivê-las.

Aprender, definitivamente requeria mesmo muitos erros e esquecimentos. Mas o aprendizado de fato acontecia quando o acerto pisava em nosso pé e mostrava-se balançando os braços a nossa frente e finalmente conseguíamos lembrar que a perfeição nada mais é que sentir-se bem sem julgar-se perfeito.
E. W.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Você conhece alguém assim?


  
  "Eu quero um controle remoto. Sentado  aqui eu quero mandar na tv. Quero um carro automático, daqueles que eu controle quem abre o vidro ou não. Quero um controle daqueles de casa, quero mandar na minha. Pra me poupar tempo, pra que eu possa trabalhar mais e ganhar mais dinheiro. Quero ter um cachorro, pra mandar pra rua quando eu quiser e ele me obedecer, sempre, senão, apanha. Quero ter muito dinheiro, se não me atender bem, mando demitir , se demorar, mando vir, se não me agradar , mando comprar outro. Quero mandar. Quero achar que tenho respeito pelo dinheiro que tenho. Quero ter controle de tudo, porque sei que se for por conta da minha personalidade, retribuição de favores eu nunca terei. Ninguém fará nada por mim por amor, **as pessoas só pensam em dinheiro. "



**(sendo que pensamos que as pessoas são, como na verdade somos.)

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

"Admita."


Por que não guardar mágoas e perdoar?
Por que não há tempo.
Por que  brigar? Por que violência?
Por que não se tem argumento.
E por que não se tem argumento?
Por que não se tem raciocínio.
E por que não se tem raciocínio?
Porque não se tem pensamento.
E por que não se tem pensamento?
Por que não se tem auto-critica.
E por que não se tem auto-crítica?
Por que não se tem admissão.
Por que não se tem admissão?
Por que se tem medo.
E porque se tem medo?
Por que é preciso admitir no dia a dia, seus próprios erros.



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