sábado, 9 de abril de 2011

"A felicidade só existe no contraste."-Freud.

Quando temos aproximadamente uns seis meses à oito, a gente descobre que não é o mundo da mãe da gente, que ela viveria bem sem nós e que somos um ser humano solitário. Ou se resolve este corte ou como diz Freud, “o ser humano está fadado a perambular cego e sem casa.” Depois disso a gente busca conforto em todas as possibilidades, em um travesseirinho, em um bico, em uma amiga de escola ou em um namorado.


Um dia a gente descobre que este travesseirinho pode ser lavado e perder o cheiro, um dia a gente descobre que é bom dar o bico para o papai Noel, e um dia a gente descobre que este namorado pode nos deixar. Nunca estamos completos. Nunca. Todo nosso descanso sobre outro ser que não nós mesmos, é uma linha tênue de nos perdermos se não soubermos que nossa felicidade não pode ser advinda de uma coisa só.


A felicidade é um contraste com o cômodo, com o sofrimento. Não está em uma pessoa, não está em um emprego. As sensações só existem na medida em que sentimos, nem buscar o prazer nem evitar o sofrimento nos leva a tudo que desejamos. O ser humano está fadado sim a infelicidade, todo o objeto é parcial, graças a cultura e a civilização, todos os valores já estão prontos, o mundo não inaugura quando nascemos e a adaptação leva até morrermos.

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