domingo, 20 de dezembro de 2009

"Um Carro ou um Copo?"

Eu volta e meia to reclamando que to sem grana, pra minha mãe. Ela me diz ; "-filha, mas tu gasta todo teu dinheiro comprando cerveja, na festa, quanto custa ? Uns cinco reais de certo. Por um copo de cerveja? Juntando tudo tu podia comprar um carro!". Sim, todos nós bohemios e noturnos sabemos que gastamos mesmo na noite. Ainda mais quando saímos na sexta e no sábado. E as vezes até nos domingos a noite. E compramos cevas, e não compramos o carro.
Eu não compro apenas um copo de plástico com um liquido amarelo entorpecente. Eu me destraio indo até o balcão e vendo quem tá lá. Eu compro dois copos e tenho a possibilidade de ser gentil com algum amigo dando-o um copo. Eu compro um copo de ceva mas compro também a garganta regada de tempos em tempos de tanto a voz arranhar. Eu compro minhas mãos ocupadas e o olhar disfarçado pra dentro do copo quando recebo um flerte. Eu compro um copo que ofereço como flerte. Eu compro uma volta pelo bar. Eu compro uma desculpa pra passar por ele.Eu compro uma maneira de socializar. Eu compro uma maneira disfarçada de me tranquilizar.
Se eu comprasse um carro, ele me levaria pra onde ? Se antes eu não tivesse feito amigos, se antes eu não falasse com as pessoas e elas me conhecessem, se antes eu não fosse gentil? Se antes eu não flertasse? Quem sentaria no banco do carona se eu não recebesse flertes? Se antes eu não desse voltas despretenciosas pelo ambiente e conhecesse gente nova que me convidasse a ir com meu carro a algum lugar? Antes um copo na mão, no que um carro parado na garagem mãe. Beijos.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

"Sexo por acaso?"

Ah os tempos antigos. Casava-se virgem. Deusozlivre pensa-se hoje. Eu penso assim hoje em dia. Adoro sexo casual. Mas no acaso ele se perde. A gente faz sexo pelo acaso, mas por acaso te desejei. Mas por acaso se te desejei, algo em ti me despertou desejo. E no meu caso do acaso, quase nunca me desperta desejo só a figura física, certamente algo me apaixonou.
Minha mãe casou virgem. E antes de casar ela nunca se importou com isso. Era um flerte lento. Hoje ele me deu oi. Hoje ele veio falar com meus pais. Hoje quando tomamos um sorvete ele pegou na minha mão. Hoje ele me deu um beijo. Era lento o processo. Era lenta a espera. Era lento o tempo passado. Era muito o tempo que se tinha pra imaginar.
Hoje no sexo casual, tu desejas a figura que viu, o que ela ti despertou. Tu já tem. Usufrui na hora, ou algumas horas depois. Não dá tempo de desejar mais coisas, não dá tempo de viajar em cima do toque. Do beijo. Do corpo. Na parede ali eu já senti um pouco do teu corpo. Quando se vai pra cama, acaba-se logo o desejo, que foi curto o tempo pra desejar. O tempo não foi lento, a imaginação não foi longe. Com pouca coisa a querer se descobrir, devido ao pouco tempo que se teve pra desejar, acaba, e se quer outro desejo. Desejei, usei, acabou. Ah, como eu queria ter mais lentidão, mas é quase impossível, com tanta tentação.


Mas né, quem quer dá um jeito, quem não quer, dá uma desculpa.

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