quarta-feira, 30 de setembro de 2009

"Eu mudo, mas não atuo."

Eu sei que a gente tem que fazer coisas na vida prática. Como ter um emprego. Estudar. Ver os amigos, ir em festas. E no meio disso, se apaixonar. Pois pra mim, é o reverso, no meio da paixão que vive me tomando, eu estudo, eu trabalho, eu saio com meus amigos. Mas é a paixão que me impulsiona a fazer tudo isso. Não sou do tipo que se apaixona pela pessoa e quer fazer coisas a ela. Não.Quero fazer coisas a mim.
Eu me sinto desvendada quando me apaixono. Olha ali ó. A pessoa se interessou por mim e nem sabe como sou. E eu? Sei como sou? A pessoa não sabe como me comunico, como é meu quarto, como é minha relação familiar, como é minha relação com a sociedade, se sou estudiosa ou largada, se bebo muito ou nem. Então apartir deste novo desvendamento, eu me mudo. Aproveito que a pessoa virá a me descobiri, pra desta vez ser melhor do que a ultima pessoa me descobriu. Mudo os móveis de lugar. Limpo mais coisas que nunca dei bola. Ouço músicas que não ouvia antes. Toco aquelas músicas que sei que ele vai querer ouvir, acabo aprendendo musicas novas.
Eu testo ser uma pessoa diferente a cada pessoa que me conhece, e movida pela paixão conseqüentemente, me torno uma pessoa melhor a cada pessoa que conheço, que entra na minha vida, que me diz querer me conhecer, e me ponho a rever se me conheço bem. E nem. Nem preciso saber que me conheço, posso ser outra pessoa. Eu ajo de acordo com a paixão. Ela me move. Minha vida é toda movida pelos batimentos do meu coração.

sábado, 26 de setembro de 2009

"Dizendo não."

Tomamos decisões todos os dias. Tentamos ser racionais nas questões as quais a gente precisa/queremos. Às vezes nem queremos, e optamos por nos entregar e decidir com o coração. Desta maneira, muitas vezes nos arrependemos. Eu fiz porque sentia, se eu sentia na hora, e fiz, fiz porque quis, se hoje já não quero mais, não me importa, o que me alegra, é fazer as minhas vontades de amor. Tanto faz se decidi matar aula pra vê-lo. Que feio. Sim, racionalmente é, pago pra ter aula, pago pra aprender e me formar. Mas que tipo de pessoa seria eu, se, aprendesse tudo o que se passa em uma sala de aula, se não soubesse nada do que se passa em mim? Tanto faz se eu decidi terminar um namoro que era tão bom, pra me arriscar no novo. Eu pago pra ver, eu vou sofrer, mas o que virá depois do sofrimento, será tudo surpresa. "Porque você fez isso?". Nem eu sei bem, o que importa saber? A racionalidade ninguém sabe, mas é altamente influenciada por idéias recalcadas do medo de sentir e viver, o medo do sofrer. Que se dane, os dois são sentimentos tão lindos. Sofrer dói, mas sofrer por amor é digno. Ser feliz, é bom, mas é uma linha tênue entre a alegria e o medo. Eu gosto de todos os sentimentos, que me vem, que me vão. Prefiro sentir de tudo na vida, do que fingir uma racionalidade, e perder a vida toda, dizendo a mim mesma "não".

terça-feira, 22 de setembro de 2009

"Pedido de desculpas por não ter culpa nenhuma."

Eu choro escrevendo. Não sempre, talvez só por uns dias. Os dias que ainda me são claras as lembranças. A saudade apronta pra mim. Ela faz com que eu só lembre das coisas bonitas. Na verdade me dói admitir que só obtive coisas bonitas no motivo o qual me faz chorar. Hoje. Ontem, e quem sabe um pouco mais durante os dias que me virão. Eu fiz com que ele me amasse, pra poder amar ele tranquila de que teria segurança no meu medo de amá-lo. Agora sinto que não quero mais amá-lo.Agora sinto culpa a cada "eu ti amo" que eu disse. Agora me sinto culpada por ter dito que queria-lhe para toda vida. Eu queria, me desculpe mas queria sim. Na verdade eu ainda o quero, talvez por isso que eu sofra tanto.O problema é que queria, mas não pra vida que tenho agora. Eu queria me casar contigo, queria ter um apartamento com sacada e que tivesse uma praça perto. Queria continuar vendo os filmes e dormindo na metade dele nos teus braços. Mas eu não sou madura o suficiente. Queria tudo isso, se eu tivesse condições, financeiras, e psicológicas. Eu ainda ti amo. Mas a minha vida me pede um pouco mais de mim mesma. Me diz que eu não vou amadurecer tendo a ti, os teus ombros, as tuas palavras ´para me ajudar. Eu não me movo mais, porque dou meu movimento a ti, me desculpa, eu ti amo,mas eu não posso mais.
Eu sei que a tua companhia foi a melhor que já tive. Eu sei que foi tu quem mais me ensinou sobre amor. Eu sei que fui compreensiva em coisas que nunca fui, só pra que tu me amasse, e agora eu não quero mais este amor. A dor é inexplicável. O cheiro do teu casaco que uso agora é inexplicável. Tudo que eu faço, é arrumar a bagunça da minha casa tentando ti esquecer. Mas quantas vezes eu arrumei tudo, porque tu vinha aqui, eu queria ti agradar. Nada mais andava sendo por mim, pra mim, era tudo pra ti, eu sei que tu não me pediu nada, mas eu dei. Eu me dei. Eu me dei toda. Me tranquei dentro de ti, ti preenchi, agora saio e deixo um vazio enorme, em mim. E o pior de tudo, em ti.
Imagino a rua onde sempre passei contigo agarrada e fazendo piadas. Lembro do banco do ônibus que sentava indo pra tua casa. Lembro das músicas que ouvi pensando em ti, do teu quarto onde me sentia livre. A bagunça não era minha. Lembro da janela, essa lembrança é a que mais me dói. Quantas vezes depois de transar sentamos ali pra fumar um cigarro, e dizer que nos amávamos. A janela com nossas fotos. A mesma janela que deixávamos aberta pra entrar vento no verão depois de ter nossos corpor suados. Eu sinto muito em abandonar tudo isso,eu sinto muito, me perdoa, me perdoa por ti fazer ouvir aretha franklin todas as vezes que me arrumava, me perdoa por ti fazer ouvir beatles mil vezes por dia. Sei agora que todas estas músicas duerão serem ouvidas. Me desculpa pelas roupas que ti fiz e dei, vai duer usá-las, me desculpa pelo corte de cabelo que ti fiz, vai doer cada vez que se olhar no espelho. Me desculpa pela fitinha que ti dei do bonfim, tu amarrou na perna. Espero que um dos pedidos, seja um dia voltar pra mim.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

"Carnaval me atinge."

Eu tinha uns 16 anos mais ou menos. Tinha um namorado lindo, popular, daqueles que todo mundo gosta, mas você não sabe se gosta que eles gostem tanto. Vivíamos tudo juntos. Um dia ele veio, deitou-se na cama e disse; "-Vou para o rio de janeiro.". Só. Dali a diante, fiquei chorando todos os dias achando que doiria muito mais do que doeu. Mas não é desta xurumela de amor que quero falar.
No fim do primeiro mês, mal pensava nele já, perdida no f'órum social mundial. Mal nos falavamos. Na medida que conheci outros garotos que me trataram surpreendentemente bem, lembrei que meu namorado nunca dissera um "eu ti amo". Não me dava a mão. Não me dava presentes. Me provocava com ciúmes. Era praticamente uns monstro. (eu achava na época). Voltando a cidade depois do fórum, mandei um email dizendo que não o queria mais. Não contei a ninguém sobre isso. Um belo dia a mãe dele me liga e diz que o suposto apareceria na televisão, desfilando de perna de pau. Sim, o meu namorado estava no rio, no carnaval, e agora todo mundo iria ficar sabendo. Pior, logo agora todos o admirariam quando eu descobri o monstro.
E foi assim, como se não bastasse desfilar na Salgueiro,(acredite gente,Salgueiro) e repórter da Globo, quis entrevistar alguém, e quem ela catou no meio de 600 pessoas? Ele. Sim, ele estava no rio, desfilando no carnaval, apareceu na tv e ainda deu uma palavrinha. Todos viram, todos me ligaram felizes. As tias, as mães, as vós. Só eu achava ele uó, (era meu recém ex ora bolas). Enquanto o orkut dele bombava de garotinhas e de todo mundo puxando o saco, e só eu sabia que ele era um malvado sem coração. (achava certo naquela época). O que menos se pode querer de um ex, é que ele faça sucesso. Por favor.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

"Tá solteira?"

Ela estava solteira depois de alguns três anos tendo um namorado. Já tinha se tornado um daqueles namoros que tu nem sabes o que sentes por aquele cara ali, mas sabe que ele é teu namorado. Solteira podia sair. Sair assim, em cima da hora. Me deu vontade de vir aqui, me deu vontade de ir ali. Fui. Ninguém ia ligar perguntando com um tom desconfiado o porque dela ter saído sem ter avisado, ninguém ia ligar querendo saber com quem estava e porque estava, e isso não soava triste não, soava sussego pra ela, agora, tão solteira. Chegava em casa na noitinha, chegava do seu dia que começara as seis horas da manhã, chegava sem se preocupar em ligar, em se perguntar onde ele está, o que prometeu fazer pra ele este final de semana.
Solteira ela chegava em casa e ficava pelada andando pela casa. O externo demonstrava o quanto o interno se sentia bem e livre. Solteira ela ir ler um livro, se obrigava a ler um livro pra ocupar a mente agora vazia das preocupações do amor, e , com isso, ficava cada vez mais interessante a si mesma, pelo nível de aprendizado do dia-a-dia, agora solta pra si.
Até que um dia um olhar brilhou mais que os de costume, até que uma mão a tocou com mais calor. Aquele corpo tão solto dela, queria prender-se naquele corpo tão solto dele, e nunca mais soltar. Não pôde evitar, cmo todo o sentimento forte, forte que era os segurou, um junto ao outro e não deu mais pra soltar. Agora ela chega em casa e quer ligar pra saber onde ele está, quando não atende, é noite perdida, sem luar, sem ler, sem sussegar, até saber onde ele está. Agora quando chega em casa, pensa na saudade, em quando vão se ver. Agora as vezes como se todos os dias da semana de trabalho das seis da manhã as sete da tarde se juntassem em um só, eram os dias os quais tinha medo de perdê-lo. Ela agora estava presa em um amor, e se perguntava: "qual é o amor amor mesmo? Aquela parte que se sofre e tem medo de perder? Ou as risadas e as transas e as camas e as calmas quase nunca percebidas tão tapadas pelo medo de talvez não ter mais aquilo, já que o amor nos faz pensar que sem isso não se pode viver?"
Mas eu, por mim, quanto quem escreve, digo que, o amor verdadeiro, tem medo, mas acredita em si, na sua existencia em si, já se faz feliz, por ser amor.



(dia 26 de setembro de 2008)

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