terça-feira, 23 de setembro de 2008

" Como Morar com alguém,,,"


Eu não sabia como era viver em, digamos assim "harmonia", morando, ou melhor, me dividindo, com alguém. Tinham pessoas as quais eu até moraria junto. Não me dividiria. Moraria. Até que um dia perdi o namorado, a melhor amiga de infância, a casa, a alma, a cama e ganhei um amigo. (amigo nem combina, porque é mais). Fui morar com ele.
O apartamento era perfeito, tinha 2 quartos. Com cama de casal. Tinha uma cozinha linda, uma sala linda. Organizado. Como não queria mostrar-me impressionada, durante um tempo fiquei calada, porque se eu falasse alguma coisa, seria sobre a alegria de estar ali, mas eu tinha vergonha. Admirava ele. Não queria parecer boba. Vendo ele como um homem organizado e cheio de horários, me fiz assim também. Eu não deixava louça na pia. Não deixava nada fora do lugar. Eu sempre me dizia; -pra que testar se ele é do tipo que reclama?, não, eu nunca testei ele, sempre deixei que nos mostrássemos por conta, sem que nenhum cobrasse. Eu cozinhava, ele lavava os pratos. Eu nunca pedi. Mas ele não quis ver se eu o cobraria, e assim fez.
Nunca supomos coisas sobre o outro, perguntamos. Nunca fazemos coisas as quais "achamos" que o outro não vai gostar. Conversamos. Porque nos importamos em nunca julgar. Porque nos importamos em ser, e nos aceitar, como somos. Não é trabalho nenhum não incomodar. Não é trabalho nenhum pensar no outro. Não é trabalho nenhum se importar com quem você gosta. Quanto mais a pessoa é o que ela quer ser, mais eu quero que ela divida o que tem de diferente de mim. Não é trabalho nenhum confiar. Eu descobri que não é trabalho nenhum confiar. Vamo lá.
Te dedico. Dei sorte que era tu.
E se leu gente, comentem.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

"Por uma noite."


Tenho um amigo que depois de voltar de um templo budista, resolveu fazer, promover festas. Não que uma coisa tenha a ver com outra, mas vale a pena comentar. Começou fazendo festas na garagem de sua casa, era super divertido. Depois, resucitou um antigo bar, que ninguém ateh aquela festa , conhecia. Fez sucesso. Nessa época fui embora pra floripa, quer dizer, me mudei. E essa meu amigo , mandava flyers de suas festas pelo orkut para todos, e eu os recebia.
Começou a fazer festas no bar mais mais da cidade. Ouvia-se todos comentarem.Cada vez a festa tinha mais temas pervertidos e interessantes.A festa bombava. Todos amavam. Saíam as seis da mhã da festa, que acontecia duas vezespor mês, devido ao fato de que precisa-se um final de semana de intervalo pra se recuperar da tal noite. Depois de ir em duas delas, entendi o porque de tanta euforia durante e pós festa. Era o sexo.
A festa é em um ambiente escuro, a musica é alta. A musica eh inteligente e tem uma batida que permite as garotas rebolarem. Os garotos olharem. É uma festa insinuante. É quase uma noite de sexo. Porisso que faz sucesso enfim. Bendita idéia deste tal alê cartier, e sua freak, que sustentam a sexualidade e a felicidade alheia. Enfim.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

"I don´t Belong Here"


Dentro do ônibus uma frase de uma música ecoa sem parar na minha cabeça "i dont belong here"*. Enquanto escuto um casal de adolecentes atrás de mim, falarem sobre partes do corpo feminino que mais gostam, ouço "-eu também não acho bonito mulher muito forte, acho linda a Fergie por exemplo.". Ai meu Deus. Sim. A Fergie do Black eyed peas. Uó. Na minha frente, três garotas faceiras, acabaram de sair da aula. Mostram fotos no celular dos meninos bonitos da escola. A beleza deles, é só o que elas comentam. Elas usam baby lock com calças largas,elas usam piranhas no cabelo, com aqueles tênis de skatista,ou de basquetista, enfim, aqueles que parecem pantufas. As três iguais. Iguais a todo o resto das pessoas que ocupam os 45 acentos des te transporte público.

Eu não pertenço a isso aqui. Eu não dou valor as mesmas coisas que eles. Ora que eu vou na cademia porque me deixa mais disposta , ora que conheço garotos lindos que não tem nenhuma beleza, ora que me visto como "eu" acho interessante. Mas não os julgo mal, não. Não os acho burros, , eles simplismente não pensam nas mesmas coisas que eu. Eles não pensam em ler livros interessantes para saberem mais sobre si, eles nem querem saber o porque de suas ações, eles não analisam seus relacionamentos, se seus irmãos são felizes, se seus pais são casados ainda devido ao amor que sentem, se a educação que recebem é correta. Eles não perguntam o porque de tanta farsa na novela das oito. Eles não perguntam o porque dos seus desejos de consumo, querem suprir no corpo, na casa, no bolso, aquilo que falta na alma.

Eles tem sorte. Eu não. Posso ter tudo o que o dinheiro pode comprar, e não adianta nem assim. Só a verdade, o auto conhecimento, questionamentos e auto julgamento que às vezes me torturam antes do entendimento é o que pode fazer bem pra mim. Sorte deles. Sorte deles.



*Creep-Radiohead.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Por que ela liga para o ex?

Passa a semana toda ocupada. Academia , trabalho, pesquisas e etc...Daí, no final de semana, chove.Fica sozinha em casa devido ao fato de que perdeu o contato com os amigos por causa do último namoro que durou três anos. O que ela vai pensar? Nos últimos beijos que deu, na última pessoa que dormiu com ela, esquentando o lado da cama. Agora quando se vira no meio da noite, o lençol está gelado.
A memória e a carência ressucitam momentos bons com o ex, normalmente estes são o sexo, ou a hora de dormir. Lembra como ele era querido na cama, lembra do corpo, do abraço, do cheiro, gosto. Esquece as palavras, esquece as mentiras, esquece a ignorância , esquece as brigas.
Então ela não resiste e liga para o ex. Seis meses já se passaram. Nem sabe o que dizer, a conversa rola mal, não há comunicação coerente, ela volta a perceber e lembrar porque terminou, ele pensa que ela ainda sente alguma coisa. Ela sente que não sente nada. Desliga o telefone, e se masturba. Que amor ressentido o que...Maldita seja a falta de sexo.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Como fazer amigos?



Me mudei faz mais ou menos um ano de novo hamburgo pra Florianópolis. Depois de todo esse tempo, mesmo com muita desenvoltura social, e de, digamos assim, extroversão, fiz uns quatro ou cinco amigos. Sim, eu reparo nisso porque no sul tenho uma legião de amigos super amigos. Aqui não. Tenho esses amigos, que gosto por sinal, mas contando nos dedos, apenas dois desses eu tenho vontade de ver a qualquer hora para conversar.Eu saio as vezes, vou em bares, jogo sinuca. Volta e meia estou falando com alguma pessoa nova. (digo falando, não conversando), volta e meia dou meu número a alguém ou anoto. Mas nunca ligo, nunca atendo quando me ligam. Ou invento alguma desculpa. Passo dias sozinha, ou com esses dois amigos. Me fazem feliz, mas não posso negar que sinto falta da variedade de pessoas que eu gosto para poder me comunicar.
Pensando e pensando na razão deste fato de estar com pouco amigos, dei-me conta de que todos os que fiz no sul, eram amigos de algum amigo meu, que passava a conviver no meio e , obrigatoriamente(não de um modo ruim), nos tornávamos amigos. A verdade é que temos pouca paciência com as pessoas. Se elas não são exatamente como queríamos (e vejamos bem que julgar logo de cara não vale né),logo não queremos mais rever. Sendo assim, paciência. Mas cláro que pessoas com assuntos que não geram conversas não funcionam, e nunca vão. Pessoas que não são profundas....

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CADA UM ENCARA, CONFORME A SUA CARA.