domingo, 7 de dezembro de 2008

"O mal do AMOR..."


Eu amo. Eu não amo. Eu amo depois desamo. Eu amo e tenho medo.Eu amo depois me arrependo. Se eu amo e digo, depois, como eu retiro? E se eu não e não amo mais, aquilo que ficou pra trás, eu senti? Ou achei que senti? E se eu amo no outro o que queria ter em mim, é amor mesmo assim? O que faz o amor, senão querer aquela atenção dele? Só dele? Como se ama e não se quer possuir o outro? Se o outro já me tem.Já me tem? Como amar e não querer ser amado igual? Se ele não demonstra da mesma maneira, ele ama mal.Como amar e não jurar amor eterno? Se o que eu sinto acabar, acaba minha vida! Como amar e não se dedicar só a pessoa amada? Se vem dela toda a alegria sentida, todo o ânimo, toda a beleza que se tem e antes nem se via?Pra que amar? Ficar pensando porque ele hoje parecia frio. Porque ontem ele chegou tarde. Porque não quis sair comigo e quis ficar em casa? Porque hj ele não me disse que amava? Porque ele foi atender o telefone lá fora? Porque ele sorri tanto quando fala com aquela garota? Porque tanta tortura sentimental? É melhor ficar só, ou sofrer deste mal?

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

"Analisando o Analista"


Toda terça feira era dia de terapia. Fazia uns dois anos já que ela ia. Toda terça. Passava o final de semana em ócio, e tempo suficiente para pensar o que vivera na semana, tinha segunda feira para colocar como certeza as noções e os insigths que teve durante os dois dias de folga. Já nem sabia se eram abençoados ou malditos o tal sábado e domingo. Chegava segunda noite, um nervosismo inconsciente tomava conta do corpo, do pensamento e do ambiente todo. Seu companheiro, que morava junto, sentia, sabia e, quando o clima era de um silêncio incomodo, ela ouvia a pergunta que esperava: “Já sabe o que vai dizer ao Ricardo amanhã?”, (o psicólogo),e a partir disso, a conversa se desenrolava horas. Segundas feiras era o dia o qual ambos permitiam-se ficar até mais tarde acordados, “amanhã tem Ricardo”.
Era difícil saber o que dizer a Ricardo, pensava durante a segunda feira inteira, desde o acordar, pensava e pensava o que é que no momento lhe incomodava, o que é que no momento havia descoberto, o que não saberá lidar , a que ponto estava na vida. Como falar sobre isso, como começar. Já prever o que ele vai falar. Já prever o que vai sentir, pra quem sabe assim, se iludir que vai amenizar.
Era difícil falar as coisas a Ricardo, ele não era mais um dos amigos dela. Ele não daria a opinião contorcida pela própria personalidade e mania. Ele não a julgaria expondo seus defeitos. Ele não tem nenhum interesse sem ser em fazer com que ela perceba o que sente. Ele não ganha nada em troca. O que acontece, é que ele fica em silêncio, apenas olhando pra ela e pensando, e como vê nele crítica e momento de afirmação nas coisas que diz, nesta espera pela resposta, o nervosismo ou a ansiedade transformam o julgamento que ela dá aos pensamentos dele, na sua própria resposta.Afinal, se ela mesma achou que ele ia “achar” isso ou aquilo sobre o que ela disse, era porque, na verdade, era exatamente o que ELA mesmo estava pensando a respeito do que disse/pensou. Sendo assim, nada mais do que sua auto crítica, aflorada pela presença de seu analista.

domingo, 26 de outubro de 2008

"Um quarto mobiliado."


A quase três anos atrás, fui morar sozinha. Minha sogra, na época, me deu um colchão.O colchão onde eu e meu namorado dormíamos todos os dias. Agora era meu e ficava no canto do meu quarto novo semi-vazio.

Tempos depois, namorando outro garoto, o qual dormia no colchão citado acima, ía comigo em muitas festas, e na volta sempre duas amigas minhas vinham de carona e acabavam dormindo conosco, porque era frio e eu só tinha um cobertor. Eu e ele não podiamos "dormir" direito. Sendo assim, ele, meu namorado, me deu um cobertor.

Dois anos depois, namorando um gaúcho em floripa, fomos a São Leopoldo passar o aniversario do mesmo com sua respectiva familia. Na hora de dormir, fomos dormir no ex quarto dele. A mãe,minha sogra, nos alcança um travesseiro rosa com estampa de notas musicais. Mas que lindo...Na hora de irmos embora, ele, meu namorado, me dá o traveisseiro.

Se o próximo for me dar uma cama, já que tenho o colchão o travesseiro e o cobertor, que pelo menos ele fique nela, ora bolas. Não sei se tem graça ou se acho isso uma desgraça, olha...vo ti contá eim...

domingo, 19 de outubro de 2008

"Tudo o que eu tenho."


"Junte-se a mim,Espírito-viajante do Nobre Poeta.Pois às vezes o melhor da solidão é que ela pode acabar a qualquer momento.

Mas saiba que nunca estou só.Essa moça que mora no azul de meus olhos chama-se Tristeza.

Vivemos juntos há tanto tempoque nossa mera amizade de outrora virou a relação mais tenra e amorosa que já senti.

Tanto tempo que nem consigo me lembrar de mim sem ela. Juntos, já encaramos precipícios,já choramos de paixão e gritamos de angústia.

Já encontramos ruas sem saída e outras que só nos levaram a novos começos.

Já roubamos vinho dos jesuítas apenas para provar o sangue de cristo.

Já fumamos algumas centenas de cigarros,apenas para ver bailar nódoas pintando de cinza os azuis de céus tão vazios.

Já sorrimos sem motivo,esperamos por onibus que nunca chegaram e por chuvas que nada molharam.

Já desejamos a morte olhando TVe já brindamos a vida contando vaga-lumes.

Sofremos por amores, que de tão perfeitos, não podiam continuar.

Escrevemos livros que nunca terminam,sonhamos sonhos que sempre esquecemos.
E se acordo de noite assustado,sempre ao meu lado ela me acalma.

Me aperta em seu peito e menti que é só minha assim como sou só dela.

Adormeço,finjo acreditar em suas canções de ninar.

Afinal, tudo que tenho é tudo que sinto..."
Dessa vez, não foi eu quem escrevi, mas, essa aí, devia ser colada em todos os postes que nem aquelas plaquinhas "Jesus breve voltará", tamanha a vontade qu eu tenho de que todos leiam...
Dá-lhe Guilherme Theo, baita poeta.

domingo, 12 de outubro de 2008

"Eu tenho alguém?"


Eu passei a tarde estudando. Fumando.Lendo. Antes de ir para a aula, , tomei uma xícara de café preto, não havia comido nada. Coloquei um casaco, uma manta, o mp3 no ouvido, e fui..Viajando.No ônibus, todas as janelas estavam fechadas. Estava chuvendo lá fora. Haviam muitas pessoas ali dentro. Desmaiei.
Acordei com um furdunço a meu redor, várias senhoras, o cobrador, todo mundo. Quando olho uma senhora de certa idade, fitando-me nos olhos me prgunta "-Tu tens para quem ligar?"
Pô, por favor, eu acabei de acordar de um desmaio, e preciso fazer este questionamento agora? Se eu tenho alguém que eu possa ligar numa situação dessas? Ah, por favor, me deixe em paz, vai...Sei lá quem eu acho que me conforta neste mundo cão e solitário que é a minha cabeça.

domingo, 5 de outubro de 2008

"O que se ganha com o amor?"


Estava eu, saltitando pela casa, tinham uns amigos aqui, feliz da vida, eu, por efeito de uma paixonite que me pegou. Vendo a minha felicidade boba, um dos meus amigos pergunta "-Mas Carol, e se não der certo?
E se não der certo o quê? Estou me sentindo muito mais disposta ultimamente. Sempre que me arrumo para sair, me sinto muito bonita, por estar sendo admirada. Essa valorização da minha pessoa pela pessoa amada, se tranforma em segurança, fico segura da minha beleza e danço a noite toda, com um enorme sorriso no rosto, atraio pessoas legais, estou feliz por estar apaixonada. Tudo me é divertido. Correr na esteira é animador, porque quero ficar mais bonita pra "ele". No trabalho, faço tudo perfeitamente correto, porque não me custa nada me esforçar, porque nada é esforço quando se está amando. A vida é bela, estou animada pela alegria do amor. Tenho paciência para dar e vender. Leio livros os quais ele me diz que é bom, para me sentir próxima. Ouço músicas que nunca ouvi, para entender o gosto dele.
Então o amor em si, já é o certo.Olha o que o amor faz. Faz com que eu me divirta com meus amigos, me sinta segura de si, faz com que eu cuide da minha saúde correndo na esteira e emagrecendo,como consequencia de querer ficar bonita pra "ele". Faz com que eu fique mais bonita, traz a vaidade.Faz com que eu renda mais no meu trabalho, e tenha mais prestigio. Faz com que eu trate todo mundo muito bem. Faz com que eu fique mais culta lendo livros novos, faz com que eu entenda mais de música sendo mais aberta, enfim. Amar, estar apaixonada, já é dar certo. Não é posse. Não é troféu. É a sua pessoa se tornando alguém melhor para o outro, e , junto, quase sem querer, se tornando uma pessoa melhor pra si.




Essa foi pra ti, e feliz aniversário, aliás.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

" Como Morar com alguém,,,"


Eu não sabia como era viver em, digamos assim "harmonia", morando, ou melhor, me dividindo, com alguém. Tinham pessoas as quais eu até moraria junto. Não me dividiria. Moraria. Até que um dia perdi o namorado, a melhor amiga de infância, a casa, a alma, a cama e ganhei um amigo. (amigo nem combina, porque é mais). Fui morar com ele.
O apartamento era perfeito, tinha 2 quartos. Com cama de casal. Tinha uma cozinha linda, uma sala linda. Organizado. Como não queria mostrar-me impressionada, durante um tempo fiquei calada, porque se eu falasse alguma coisa, seria sobre a alegria de estar ali, mas eu tinha vergonha. Admirava ele. Não queria parecer boba. Vendo ele como um homem organizado e cheio de horários, me fiz assim também. Eu não deixava louça na pia. Não deixava nada fora do lugar. Eu sempre me dizia; -pra que testar se ele é do tipo que reclama?, não, eu nunca testei ele, sempre deixei que nos mostrássemos por conta, sem que nenhum cobrasse. Eu cozinhava, ele lavava os pratos. Eu nunca pedi. Mas ele não quis ver se eu o cobraria, e assim fez.
Nunca supomos coisas sobre o outro, perguntamos. Nunca fazemos coisas as quais "achamos" que o outro não vai gostar. Conversamos. Porque nos importamos em nunca julgar. Porque nos importamos em ser, e nos aceitar, como somos. Não é trabalho nenhum não incomodar. Não é trabalho nenhum pensar no outro. Não é trabalho nenhum se importar com quem você gosta. Quanto mais a pessoa é o que ela quer ser, mais eu quero que ela divida o que tem de diferente de mim. Não é trabalho nenhum confiar. Eu descobri que não é trabalho nenhum confiar. Vamo lá.
Te dedico. Dei sorte que era tu.
E se leu gente, comentem.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

"Por uma noite."


Tenho um amigo que depois de voltar de um templo budista, resolveu fazer, promover festas. Não que uma coisa tenha a ver com outra, mas vale a pena comentar. Começou fazendo festas na garagem de sua casa, era super divertido. Depois, resucitou um antigo bar, que ninguém ateh aquela festa , conhecia. Fez sucesso. Nessa época fui embora pra floripa, quer dizer, me mudei. E essa meu amigo , mandava flyers de suas festas pelo orkut para todos, e eu os recebia.
Começou a fazer festas no bar mais mais da cidade. Ouvia-se todos comentarem.Cada vez a festa tinha mais temas pervertidos e interessantes.A festa bombava. Todos amavam. Saíam as seis da mhã da festa, que acontecia duas vezespor mês, devido ao fato de que precisa-se um final de semana de intervalo pra se recuperar da tal noite. Depois de ir em duas delas, entendi o porque de tanta euforia durante e pós festa. Era o sexo.
A festa é em um ambiente escuro, a musica é alta. A musica eh inteligente e tem uma batida que permite as garotas rebolarem. Os garotos olharem. É uma festa insinuante. É quase uma noite de sexo. Porisso que faz sucesso enfim. Bendita idéia deste tal alê cartier, e sua freak, que sustentam a sexualidade e a felicidade alheia. Enfim.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

"I don´t Belong Here"


Dentro do ônibus uma frase de uma música ecoa sem parar na minha cabeça "i dont belong here"*. Enquanto escuto um casal de adolecentes atrás de mim, falarem sobre partes do corpo feminino que mais gostam, ouço "-eu também não acho bonito mulher muito forte, acho linda a Fergie por exemplo.". Ai meu Deus. Sim. A Fergie do Black eyed peas. Uó. Na minha frente, três garotas faceiras, acabaram de sair da aula. Mostram fotos no celular dos meninos bonitos da escola. A beleza deles, é só o que elas comentam. Elas usam baby lock com calças largas,elas usam piranhas no cabelo, com aqueles tênis de skatista,ou de basquetista, enfim, aqueles que parecem pantufas. As três iguais. Iguais a todo o resto das pessoas que ocupam os 45 acentos des te transporte público.

Eu não pertenço a isso aqui. Eu não dou valor as mesmas coisas que eles. Ora que eu vou na cademia porque me deixa mais disposta , ora que conheço garotos lindos que não tem nenhuma beleza, ora que me visto como "eu" acho interessante. Mas não os julgo mal, não. Não os acho burros, , eles simplismente não pensam nas mesmas coisas que eu. Eles não pensam em ler livros interessantes para saberem mais sobre si, eles nem querem saber o porque de suas ações, eles não analisam seus relacionamentos, se seus irmãos são felizes, se seus pais são casados ainda devido ao amor que sentem, se a educação que recebem é correta. Eles não perguntam o porque de tanta farsa na novela das oito. Eles não perguntam o porque dos seus desejos de consumo, querem suprir no corpo, na casa, no bolso, aquilo que falta na alma.

Eles tem sorte. Eu não. Posso ter tudo o que o dinheiro pode comprar, e não adianta nem assim. Só a verdade, o auto conhecimento, questionamentos e auto julgamento que às vezes me torturam antes do entendimento é o que pode fazer bem pra mim. Sorte deles. Sorte deles.



*Creep-Radiohead.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Por que ela liga para o ex?

Passa a semana toda ocupada. Academia , trabalho, pesquisas e etc...Daí, no final de semana, chove.Fica sozinha em casa devido ao fato de que perdeu o contato com os amigos por causa do último namoro que durou três anos. O que ela vai pensar? Nos últimos beijos que deu, na última pessoa que dormiu com ela, esquentando o lado da cama. Agora quando se vira no meio da noite, o lençol está gelado.
A memória e a carência ressucitam momentos bons com o ex, normalmente estes são o sexo, ou a hora de dormir. Lembra como ele era querido na cama, lembra do corpo, do abraço, do cheiro, gosto. Esquece as palavras, esquece as mentiras, esquece a ignorância , esquece as brigas.
Então ela não resiste e liga para o ex. Seis meses já se passaram. Nem sabe o que dizer, a conversa rola mal, não há comunicação coerente, ela volta a perceber e lembrar porque terminou, ele pensa que ela ainda sente alguma coisa. Ela sente que não sente nada. Desliga o telefone, e se masturba. Que amor ressentido o que...Maldita seja a falta de sexo.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Como fazer amigos?



Me mudei faz mais ou menos um ano de novo hamburgo pra Florianópolis. Depois de todo esse tempo, mesmo com muita desenvoltura social, e de, digamos assim, extroversão, fiz uns quatro ou cinco amigos. Sim, eu reparo nisso porque no sul tenho uma legião de amigos super amigos. Aqui não. Tenho esses amigos, que gosto por sinal, mas contando nos dedos, apenas dois desses eu tenho vontade de ver a qualquer hora para conversar.Eu saio as vezes, vou em bares, jogo sinuca. Volta e meia estou falando com alguma pessoa nova. (digo falando, não conversando), volta e meia dou meu número a alguém ou anoto. Mas nunca ligo, nunca atendo quando me ligam. Ou invento alguma desculpa. Passo dias sozinha, ou com esses dois amigos. Me fazem feliz, mas não posso negar que sinto falta da variedade de pessoas que eu gosto para poder me comunicar.
Pensando e pensando na razão deste fato de estar com pouco amigos, dei-me conta de que todos os que fiz no sul, eram amigos de algum amigo meu, que passava a conviver no meio e , obrigatoriamente(não de um modo ruim), nos tornávamos amigos. A verdade é que temos pouca paciência com as pessoas. Se elas não são exatamente como queríamos (e vejamos bem que julgar logo de cara não vale né),logo não queremos mais rever. Sendo assim, paciência. Mas cláro que pessoas com assuntos que não geram conversas não funcionam, e nunca vão. Pessoas que não são profundas....

domingo, 24 de agosto de 2008

"A porta dos fundos..."





Todo mundo levanta da mesa. Eu sou aquela que recolhe os pratos, coloca os restos de comida no lixo orgânico, lava a louça. Enquanto cada um vai fazer o que quer. Olhar tv. Dormir. Todo mundo tomou o café da tarde. Eu recolho os farelos, eu balanço a toalha na janela. Os irmãos foram jogar futebol, minha mãe, foi ver novela.Entro no banheiro,recolhendo as toalhas, as estendo. Dou comida pros cachorros, recolho as roupas. Roupas essas que nunca são poucas. Eu fecho a janela quando vai dar temporal. Enquanto meus irmãos tem medo, e minha mãe, com os raios, passa mal. Me preocupo para que eles vivam a vida deles, quase não vivo a minha.
Quando todos foram deitar, eu checo a casa, chaveio a porta, mas sou eu quem sempre dorme sozinha...

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

"Por trás de um desfile na escola de samba."

Eu tinha uns 16 anos mais ou menos. Tinha um namorado lindo, popular, daqueles que todo mundo gosta, mas você não sabe se gosta que eles gostem tanto. Vivíamos tudo juntos. Um dia ele veio, deitou-se na cama e disse; "-Vou para o rio de janeiro.". Só. Dali a diante, fiquei chorando todos os dias achando que doiria muito mais do que doeu. Mas não é desta xurumela de amor que quero falar.
No fim do primeiro mês, mal pensava nele já, perdida no f'órum social mundial. Mal nos falavamos. Na medida que conheci outros garotos que me trataram surpreendentemente bem, lembrei que meu namorado nunca dissera um "eu ti amo". Não me dava a mão. Não me dava presentes. Me provocava com ciúmes. Era praticamente uns monstro. (eu achava na época). Voltando a cidade depois do fórum, mandei um email dizendo que não o queria mais. Não contei a ninguém sobre isso. Um belo dia a mãe dele me liga e diz que o suposto apareceria na televisão, desfilando de perna de pau. Sim, o meu namorado estava no rio, no carnaval, e agora todo mundo iria ficar sabendo. Pior, logo agora todos o admirariam quando eu descobri o monstro.
E foi assim, como se não bastasse desfilar na Salgueiro,(acredite gente,Salgueiro) e repórter da Globo, quis entrevistar alguém, e quem ela catou no meio de 600 pessoas? Ele. Sim, ele estava no rio, desfilando no carnaval, apareceu na tv e ainda deu uma palavrinha. Todos viram, todos me ligaram felizes. As tias, as mães, as vós. Só eu achava ele uó, (era meu recém ex ora bolas). Enquanto o orkut dele bombava de garotinhas e de todo mundo puxando o saco, e só eu sabia que ele era um malvado sem coração. (achava certo naquela época). O que menos se pode querer de um ex, é que ele faça sucesso. Por favor.

domingo, 10 de agosto de 2008

"Recusa.."


Esses dias, entediada, fui sentar-me numa praça, pegar um sol quem sabe, fumar um cigarro. E nessas, conheci um traficante. Sim, um traficante. Mas não é disso que vamos tratar.
Estávamos eu e uma amiga, sentadas no banco. Chegou um moço. O moço sentou-se. Com uma bela desenvoltura social (dele e nossa), viramos, pode-se dizer assim, "amigas" do traficante. Que por sinal era trabalhador e traficava por passatempo. Puro passatempo. Divertidíssimo. Conversa vai, conversa vem, ele, sabendo durante a conversa, que não temos televisão nem som em nossa casa nova, ofereceu um rádio. Negamos. Eu e minha amiga; negamos. Negamos porque automaticamente, eu e ela, achamos que aceitando o rádio, teríamos de ser cordiais sempre com ele, ou de haver alguma cobrança. Como se fosse uma troca. Nessa hora (a em que me dei conta de pensar que devia dar algo em de volta), lembrei que sempre ofereço chiclé a um tal garoto a quem me interesso, e ele nega. Até hoje eu me incomodo quando ele diz; "-não, obrigado", e nunca soube bem o por quê, se me sentia rejeitada ou sei lá.
Pois bem, depois dessa do traficante ter nos oferecido um rádio e negarmos por sentirmos obrigadas a dar algo em troca, descobri que por incrível que pareça, o que sinto quando o garoto do chiclé diz "não", é como se eu quisesse dizer ;"-Tá mas eu não quero nada em troca, só quero dar-te um chiclé.". Mas não é verdade, dando o chiclé , espero que ele perceba que lhe faço um agrado, e ele se nega por não querer se comprometer em me agradar. Sim, é isso. E me atinge.Mas então, será que agora que sei disso, conseguirei pensar melhor sobre dar algo, sem querer nada, nadica de nada, em troca?

Parece fácil? Então vamos lá.

domingo, 3 de agosto de 2008

"Eu não sou, eu estou..."

   A vida é feita de relacionamentos. O tempo todo. Seja namorado, ou amigo, mãe, família, o que for. Sempre estamos, (pelo menos eu falo por mim), nos rotulando diante de cada um deles, do tipo; "-Ah, com minha mãe eu sou assim e pronto.", "- Quer ser meu amigo, tem que me aceitar como sou.". Ora bolas que em relação à namoro, também me rotulo. E é sobre isso a ênfase deste texto.
   Costuma-se dizer, (ou pior, ouvir), certas coisas como; "-Não, eu não sou de me apegar.", costuma dizer ao parceiro (a), que não é  romântico, que não sabe amar direito. Há também quem se diga esquecido, daqueles que não lembram datas, ou semelhantes referentes a relação. É possível dizer, ou ouvir, que não gosta de "xurumelas", ou "mi mi mi's" entre o parceiro (a), que não se gosta que ligue o tempo todo, ou que fique dando toques para dar oi. Sendo assim, a pessoa passa-se por fria, e o outro, o que ouve estes ditos, pensa que aquela pessoa ali nunca amou. Não, ela não ama você. Mas o problema é que quando estas palavras são ditas, é que simplesmente  a pessoa nã0 está apaixonada. E nem vai. Sendo assim, prega essa de "eu sou assim", por não estar apaixonada.
   Vamos e viemos, que quando estamos apaixonados , não tem essa de não se apegar, nos apegamos no primeiro toque, na primeira noite. Quando nos apaixonamos, acordamos de manhã calculando que hora mandar aquela mensagem dizendo que quer perto. Quer ligar, quer receber ligações, toques, o que for. Quando se apaixona, se ama de cara. Não se pode dizer que se "é assim", ou "assado". É melhor dizer duma vez que simplesmente não está apaixonado e , se não está agora, nem vai ficar. Sejamos realistas e sinceros por favor. Não se engane, e não engane o outro.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

"Não julgue, ajude."

   Tem várias coisas que me ocorrem, que eu nunca conto pra ninguém. Coisas essas que as pessoas comentam, nas rodas de amigos. Coisas que acontecem na vida. De todo mundo. Mas eu não. Eu não digo. Acho horrível por exemplo, dizer que na última noite, tinham três baratas no meu quarto. Nossa, é difícil até escrever sobre isso. Contar que queimei minha franja acendendo o cigarro no fogão. Contar que peguei um fungo na pele, por causa dos meus gatos. Dizer que não vesti aquela calcinha que fica confortável com o absorvente , porque não a achei. Ou dizer que peguei o ônibus errado. Contar que vou ter que ir pra casa porque menstruei e nem trouxe absorvente, o absorvente, eu nunca falo dele. Acho decadente.
    Mas tudo isso tem um por quê. Que tipo de quarto este garota dorme que é capaz de criar baratas? Que tipo de pessoa é fumante e não tem um isqueiro na casa? Tem mas perde sempre, é isso? Quanta sequela. Que tipo de lugar tu vive, tu toma banho? Como consegues pegar um fungo de um gato? Que tipo de garota tem a organização a qual ela não encontra as próprias calcinhas? Como que pegas o ônibus errado? Parece não saber onde vais, ou melhor, não sabe ler? Que tipo de garota tu és que não sabes ou não sente quando vai menstruar? Quanta desorganização. Quanta falta de noção. Quanta visão negativa a teu respeito, isso sim. A gente sempre subestima a interpretação das pessoas. Quase sempre. Mas as coitadas das pessoas mal pensam sobre o que acabaste de revelar. Mesmo assim, se penso que elas me julgam mal, é porque eu as julgo assim. Isso sim.
     O fato é que não é o que te aconteceu , é que tipo de pessoa tu és, que tipo de vida tu levas, para que te permita estes acontecimentos. Eim? Eu vejo, julgo, nos outros aquilo que sou. Isso sim.  Aponto o defeito no outro, para dizer que eu não sou igual, acho que aquela mulher ali, se veste mal, porque quero dizer que eu me visto bem, se digo que alguém é de um jeito e reprimo, tudo o que quero dizer é que não sou daquele jeito. Mas ora bolas, que já fui. Sim, já fui sim, senão não saberia como é ruim. Por isso que julgo. Agora, se és seguro de si, sabes quem tu és, não precisa provar a ninguém mais do que a tu mesmo. Não julgue mal, mal sabe você o que a vida causou as pessoas, mal sabe você os privilégios que teve para ser quem tu és. Se tu percebeu ou se julga melhor , não se gabe por isso, ajude o outro a ser tão bom quanto você. Não julgue, ajude. 
     Quem sabe o mundo pode ser melhor...

segunda-feira, 28 de julho de 2008

"Terça Insana o caralho porra"

    Um dia desses uma das minhas amigas, no meio de uma roda de risadas (e estavam rindo de mim), disse; -cara! Tu tem que ir pro Terça Insana.(programa humorístico, digamos assim.). Todo mundo riu. Menos eu. O que ela estava achando tanta graça no meu discurso indignado sobre ser gordinha? Ela acha que eu acho graça em ser assim? De ser ponto de referencia para terceiros? Do tipo; -ali ó, ao lado da gordinha.
   Tudo isso aconteceu porque estávamos com uma visita ilustre em minha casa, a qual era magérrima, e a mesma, falando do inverno, disse ; - Ah, eu sofro no inverno, por ser magrinha passo mais frio. Dai sim, me dou conta de que uma pessoa magra não tem noção da glória divina que recebeu ao nascer. Ela reclamou que passava frio? Mas oras que passas porque queres! Já eu, passo frio, porque se colocar mais que um casaco fico enorme parecendo um ursinho (gordinho, é cláro). Sendo assim, se eu fosse magrinha colocaria um casacão enorme, que ai ai ai pro frio. Gente magra corre na praia, nada balança, tu já vistes uma gorda correr de biquini na praia? Nunca né. E aliás, se vires, avisa ela ali que não dá. Gente magra pode virar cambalhota na areia, de biquini, ou pelada até. Tudo fica no mesmo lugar. Pode vestir a roupa que quiser, se não cai bem em ti amiga magra, pelo menos a roupa entrou em ti né. Pode-se sentar do jeito que quiser, sem se preocupar se está aparecendo o pneu do lado, se a barriga cai pra fora da calça. Para tirar fotos, todos os ângulos. Pra mim? Só se for de cima (quase bem de cima mesmo), e sempre do mesmo lado da cara, porque de frente, não funciona. 
    E com tudo isso, eu, bebendo uma ceva ainda com a consciência pesada de que quanto mais beber, mais risco tem de nascer aqueles gordinhos do lado da cintura.(sim, ceva dá isso sim). A minha amiga continuava achando que ser gorda é engraçado, e ainda, queria filmar. Daí é o fim mesmo, se eu já to dizendo que me acho gorda tu ainda quer filmar pra que eu veja e tenha mais certeza ainda da minha desgraça! 
   Ah não, porf avor.



Essa aí é pra ju , pra ana e pra roberta.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

"Dicas de comofas para pegar uma garota." (só vale pra garotos)

   Eis então os passos simples para se "pegar" a garota que quiser. Comecemos com a vestimeta. Compre uns daqueles tênis enormes, que parecem com pantufas, e não amarre firme os cadarços. Use com uma bermuda que vai até suas canelas, com o fundilho nos joelhos, aquela mesma que deixa a pessoa sem saber onde é sua bunda, onde é sua coxa. Pra desconfigurar bem seu corpo. Esta costuma combinar com aquelas camisetas de jogadores de basquete americano, mas tem de ser enorme, para parecer que pegou do seu pai (que deve ser gordo, no caso). E para ficar melhor , use um boné da marca mais usada pelos seus amigos. Aqueles mesmo que não deixam a garota saber se tem um cabelo style , porque ser style é nada haver, legal mesmo é ser super influenciado pelos rappers americanos, cheios de grana. É super legal ser como eles, pra que ser você né? E se você quiser ter certeza de que vai arrasar, use pendurada no pescoço uma daquelas correntes que se compra na pecuária, tem também nas melhores agropecuárias, e é bem fácil encontrar. Mas se quiser fazer um tipo mais vil, pendure-a na bermuda. É o máximo.
  Tem também outras opções , pode-se usar uma camiseta de marca surf-wear, elas se destacam pelas cores fortes, como verde cláro, o azul, anda na moda mesmo as rosas, mas depende da sua masculinidade não é mesmo? Pode ser de um tamanho menor do que o seu, para que nos seus braços ela fique mais justa, vai parecer que é mais forte. As mulheres amam homens fortes, ainda mais os sem personalidade. Mas lembre-se, tem de ser uma marca famosa, que tenha nome, é melhor usar uma roupa com um nome, do que uma que mostre quem você é, é mais fácil se sentir seguro quando usa-se o que todos usam. Usa com uma bermuda de tactel, também surf-wear, tem umas que tem estampas do lado. Um charme. Nos pés? Um tênis meio estilo fitness. Quer dizer que malha.
   Nunca se preocupe em saber o que você sente , ou, no que ela sente. Pense sempre no que seus amigos vão falar. Veja muita tv. Veja muito futebol. Chegue nas meninas dizendo que elas são gostosas. Não repare nos olhos dela. Repare nos peitos, elas adoram não serem valorizadas pelo que são, e sim só pelo que se vê. Afinal, mulher passa tanto tempo querendo se entender, porque ela ia gostar que você a entendesse não é?
   Seguindo esses passos, você vai arrasar.

sábado, 21 de junho de 2008

"Já foi. Faz tempo."

    

    O namoro acabou, agora tu não tem mais nada haver com aquela família, agora tu não pega mais aquele ônibus, talvez nunca mais entre nele, agora aquele bairro que não foi o qual você nasceu mas já se sentia familiar, não, não é mais seu. A rua em que caminhava até chegar a casa dele. Pode esquecer o nome dela, não vai mais precisar. Aquele lugar na mesa da casa dele que sentava, pode estar vazio, ou, algum outro componente da família se senta ali agora. Ninguém percebe que não estás mais ali. Só você.
    Agora o namoro acabou, vai ir nas festas sozinha. Não vai mais no mercado vizinho a casa dele, já até conhecia o padeiro, o qual sempre via vocês juntos. Nas manhãs comprando o pão. Nas tardes de larica. Nunca mais verá o padeiro, e o mesmo nem saberá o porque você sumiu, talvez ele nem note que você sumiu. Nem nos aniversários de família. Ele não vai estar, nem  você nos dele. E suas tias vão lhe perguntar onde ele está, e você ficará com medo de ser como elas, solteira pra sempre, porque acha que nunca mais vai amar. Não é certo que o telefone vai tocar. Ele não vai te buscar. Nem quando chover. Ninguém vai. Vai ir pra casa de ônibus. Pode até chegar e perguntar se "alguém" ligou. Sempre ligam. Mas nunca mais foi ele. 
    Aquela rotina de horários. Aquela casa, seu segunda casa. Sua segunda família. O seu segundo quarto, ou seu único, ele dormia no seu e você no dele. Todas as fotos pelas paredes, do seu, do dele também. Vai ter que tirar. Não faz mais sentido. Vão ficar vazias as paredes. Mas você já se sente assim mesmo. Todos vão lhe dizer que a vida segue. Mas só você vai saber que perdeu a vida que tinha, vai ter que se adaptar a outra. Ou as pessoas vão achar que você está sempre deprê, nem vão querê-la mais  por perto. Vai ter que logo dar um jeito de ver a vida que tem, e não a que lhe tiraram. A vida mesmo lhe tirou. Agora te dá outra sem perguntar se querer ou não. Se eras apegada ou não. A vida é assim. A vida é sim, injusta. Ela sabe o que faz, mas nunca nos explica. Ninguém nos explica.

sábado, 14 de junho de 2008

" VEJA BEM , MEU BEM..."

             Agradeço as longas viagens de ônibus dentro de floripa, que me fazem refletir coisas supostamente inúteis...    


    "Veja Bem. Porque as pessoas dizem "veja bem" ao anteceder algo a dizer? Mais ainda costuma-se ouvir isso antes de alguma explicação, argumentação, lamentação que seja. Porque "veja bem"? O que será dito , que queres que a pessoa ouvinte veja a situação  de uma maneira de "bem". O que será dito que precisa tanto da compreensão da outra pessoa, do tipo, veja bem, veja bem querido o que me ocorreu. Ou ainda pode vir a ser o fato de que quer que o outro veja bem, para que antes de logo despejar a opinião ou a crítica , observe bem os lados todos, "veja bem", que a história tem vários ângulos. "Veja bem, eu estava lá e de repente", "Veja bem eu gostaria de dizer...". Antes de dizer estas duas palavras juntas, pergunte-se se há algo no que  dizes que  pode ser visto de uma maneira ruim, afinal, se enxergas de uma maneira ruim, foi porque fez pensando assim, ou, se culpa pelo feito, ou pelo que será dito. Veja bem, antes de dizer isso, pensa bem. "  

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Maldita Tpm. (O texto é longo, mas vale a pena."

    Bom, eu vou escrever um texto no meu blog, não sei se alguém lê também, porque é um blog sem atrativos ou mensagens subliminares, fotos ou qualquer coisa marketeira, só diz o que tem de ser dito e pronto.Só a  leitura não atrai muito as pessoas.Mas isso também é culpa da tpm.Ela que me faz ver assim.A tpm me faz ver as coisas como são.Ou o inverso delas.


    Hoje, sexta-feira,(pelo menos foi o dia que escrevi), o meu dia começou normal, acordei as 10;30.Como todos os dias. Fui fazer as coisas que a manhã propõe, como comer uma torrada, tomar um café preto e fumar um cigarro. Como alerta para meu dia, minha torrada queimou. Depois, eu não achava meu isqueiro, temos cinco isqueiros na casa. Eu não achava nenhum. Acendi no fogão mesmo. Queimei minha tão estimada franja. Terminando as tarefas da manhã, fui fazer o que tinha de ser feito a tarde. Uma rotina que eu mesma inventei para não me sentir tão vadia, visando o fato de que não estou trabalhando porque estou tendo aulas a noite e preciso estudar. Outro argumento que eu inventei, sendo que passo as tardes tocando violão e não estudo porra nenhuma. Tá certo, eu entro no msn também. Eu confesso. E o fato é que a única pessoa que eu falo mesmo é o garoto que mora comigo. Por sorte. Sempre temos assuntos. Mas eu também, malho a tarde, por conta mesmo, ora que uma garota semi-gorda já que não trabalha algum exercício tem de fazer. Fora as horas que eu perco (se é que é perder), cantando na frente do pc como se estivesse em um palco. Sim, eu me imagino em um.
    Lá pelas quatro da tarde desaba a chuva, hoje, sexta-feira. "Lá pelas quatro", horário este que eu vou me arrumar, eu sei que pego o ônibus só as 17;30, mas me arrumar nunca é uma tarefa fácil. Começo pelo cabelo. Chapinha.  O cabelo é ruim, ninguém sabe por causa dela. No fim, estou irritada com ele porque começa a doer meus braços , a parte de trás no cucuruto na cabeça, onde o cabelo é mais ruim. O pior, eu não enxergo atrás. Depois da tormenta cabeleira, vem a maquilagem. Sim, ninguém me reconhece sem ela. Nem eu mesma. É tudo fajuto, não há cilhos, há um rimel magnifico que modela e dá volume, a sobrancelhas, dia a dia tiro fios, e ainda pinto. Uma desgraça. E a pele lisinha? Bendito seja o blush. Mas a pior parte, a tarefa mais difícil, a roupa. Essa aqui eu fico gorda. Esta aqui aumenta a bunda.Esta diminui a bunda.Essa eu pareço uma senhora. Esta eu pareço uma rockeira. Nem sei quem eu sou no final das contas. Ou quem eu quero parecer. 
    Chega 17:20, tenho que ir para a parada, mas hoje, sexta-feira, eu tinha que ir comprar Nasomil, porque também, só não sou fanha, por causa dele. No meio do trageto, minhas amigas me ligam. Não virão na minha casa a noite. Ficarei sozinha. O garoto trabalha até mais tarde hoje. No caminho de volta da farmácia a parada, vejo o desgraçado do onibus passando. Grito, ele para no meio da estrada. Não era o meu, desculpa. Quando o meu chega, Gama Deça , entro, quase caio porque ele faz a curva antes que as pessoas sentem. Sem nenhuma piedade. A bolsa tranca na roleta. O casaco é de jeans, limita os movimentos do meu braço, eu sento no banco que sobra, é hora das crianças voltando da escola. E elas gritam. E o motor ruge. Eu quero matar o motorista, mas nem é culpa dele.  Eu quero matar as criancinhas também. Esganá-as quem sabe.Tudo, tudo isso, é culpa da tpm. Tem muito mais agonias de onde estas vieram, mas seria maldade com quem lê, demonstrar o quão terrível é este mundo. Na visão da tpm. Não na minha. Os meus dias são todos iguais.Só hoje que eu vi tudo isso. Só hoje.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

"É tudo argumento para me enganar?"

   
   "Ele manipula o jogo da vida,
    Ele faz o que quer,
    Ele quer ser querido,
    Mexe nos seus pensamentos,
    Enquanto quer que no final,
    O jogo da vida tenha, 
    O seu resultado preferido."


 "Achava que era um motivo,
  Mas era só argumento,
  Se enganava na vida,
  Se enganava porque tinha medo.
  É melhor eu achar que sim,
  É melhor mentir pra mim,
  Pior do que mentir pra si,
  É viver a vida com receio." 

 
 "Mais uma tarde.
  Ela se condenava.
  Queria ser útil.
  Algo lhe faltava.
  A mão tremia,
  A alma temia,
  O futuro.
  Ela não sabe o que sente,
  Preocupada com o que está por vir,
  Ela perde o presente." 


 "Quero entrar na faculdade.
  Quero ter uma família.
  Quero ter uma vida comum.
  Com tudo que tem direito.
  Com uma rotina.
  Para assim poder me enganar
  Para assim poder me cegar.
  E assim quem sabe.
  Viver a tal vida tranquila." 


  "Eu quero aquilo que está lá longe,
   Eu busco aquilo que está no horizonte.
   Mas e quando chegar lá?
   Mas e quando conseguir alcançar?
   Vais querer o que.
   Se tens tudo.
   Tudo de novo vai querer mudar.
   Tudo que tens podes perder."  


  "Não adianta olhar pra frente,
   Eu vou chegar,
   Eu vou buscar,
   O que já tens passa em branco,
   Passas a vida sem amar,
   A espera de algo a mais,
   Fica andando por aí,
   Olhando pra trás,
   Veja o que já tem,
   Antes era o que queria,
   Agora que já está aqui,
   Fica pensando em mudar."

  "Pára de pensar.
   Sentado ainda a se questionar,
   Reclama que não há passado,
   Mas a alguma coisa ainda está ligado,
   Diz que nem futuro existe,
   Mas a preocupação com o amanhã
   ainda persiste.
   Os outros esquecem o presente,
   E tu, que preocupado com o ontem e hoje
   Vive o agora tão preocupado,
   Que nem a vida sente." 


  "Tomava maracugina,
    Tomava alguma coisa,
    Para acabar com a adrenalina
    Que era viver
    Que era perceber,
    Que o tempo todo preocupada
    Com o que fazer
    Lá fora a vida se esvaziava
    De tão preocupada em viver."  


   "Era tanto vento,
    Era tanto medo,
    De ficar só,
    Era tanto frio,
    Era tanto o vazio
    Naquele quarto só
    Mas quem tu quer que venhas,
    Quem tu pensas que pode te acalentar,
    Com esse frio todo ,
    Com esse vazio tolo,
    Alguém tu há de esperar." 


   "Pode fugir pro quarto,
    Pode se encobrir com a coberta,
    ainda está frio o lençol,
    Confessa pra ti esta solidão,
    Deixa a vida fazer esta descoberta."


 

domingo, 20 de abril de 2008

"Porque eu não sei pintar um quadro"



      "Ele ganhava livros,
       Ele ganhava amigos,
      Ela ganhava calma,
      Ela ganhava sorrisos,
      Dividiam esses momentos,
      Esqueciam todos os sofrimentos,
      Agora ele tinha ela, ela tinha ele,
      Agora corriam longe, 
      Todos os medos.."



     "Ele fazia a vida dela ser melhor,
      Tudo está cheio de amor,
      É só olhar ao seu redor." 

 
     "Ele não enxergava,
      Tudo o que ele era,
      A vida lhe dava,
     Tudo o que queria,
     Tudo o que pudera,
     Se a vida lhe é tão boa,
     é porque sem perceber,
     És muito bom pra ela." 


      "Ele pintou um quadro dela,
       Ela nem era bela,
       Mas com os traços dele,
      Fez ela ser agora,
      Quem antes não era,
      Agora ela é bela,
      Agora a beleza é dela,
      Porque ele a pintou.
     Nem importa se é bonita mesmo,
     O que importa é que ele achou.
     Que era." 


     "Era difícil ser natural,
      Era difícil encarar o real,
      Tu é assim mesmo,
      De que te adianta ter medo,
      Se nesse esconderijo só perde,
      Toda a maravilha que tem por dentro." 


      "Enquanto ele pintava quadros,
        ela escrevia,
        Ambos tinham essa mania,
        Mas o que ele não sabia,
       Era que enquanto ele pintava,
       Era a inspiração dela que ele mantinha." 


       "Não se condene,
        Nem sabe julgar,
        Quem te conhece é só tu ,
        Como dos outros pode esperar,
       que aceitem, ou digam sim,
        Ninguém sabe quem és.
        Pode ficar tranquilo assim,
        Sem se condenar."
    

"Não quero me comprometer com palavras.Não."

 


      "Fez uma música pensando nele,
       Tocava sempre deitada na rede,
       Um dia cantou para seu amado,
       Que apenas disse: legal!
       Mas ela não ficou braba,
       Pobre dos homens,
       Eles são cegos mesmo,
       Não são maus." 


      "Passava atropelando os dias,
       Quando alguém lhe perguntava o que havia feito,
       Dizia nada,
       Onde estava indo?
       Estava parada.
       Se continuar esperando que um homem te faça feliz,
       Vai viver o resto da sua vida amargurada." 


     "A janela espera,
      Que alguém venha a chegar,
      No portão, passe na rua,
      Que com a chegada de alguém,
      Venha nela se debruçar,
      Para os braços da amada sentir,
      Não só na hora de abrir e fechar." 

    

     "Era pra ele que sentia,
      Era pra ela que mentia,
      Era pra ele que fazia,
      Tudo o que queria,
      Fazer pra alguém,
      Ela não tinha ninguém,
      Tinha ele que não queria,
      Tinha ela que se fazia,
      Não podia dizer,
      Nada podia fazer,
      De concreto,
      No caminho correto,
      Que se segue quando ama,
      No caminho incerto que o amor se engana." 



     "Agora ela só vai onde não vou,
      Ela só está onde não estou,
      Não sou mais assim,
      Não tenho mais ela pra mim,
      Eu que sempre dizia que nada era eterno,
      Vem a palavra me jogar na cara,
      Que quando queria estar errado,
      Era quando eu mais estava certo." 



     






          

domingo, 30 de março de 2008

"Essas curtas idas e vindas"

  "Ela não queria mais escrever sobre saudade,
   Mas era maldade,
   Do destino que fazia força,
   Do momento de ir pra forca,
   Ficava longe a caridade,
   Da distância ceder,
   Da vida perceber,
   Que era fácil entender
   Que o que a deixava cega,
   Era a solidão dela a padecer." 


  "Eu deixo as minhas coisas pela casa,
   Ele lembra de mim,
   Eu deixo a janela fechada,
   Ele abre pra mim,
   Um sorriso quando eu chego,
   Uma alegria, um apego,
   A distância existe, um apego,
   Mas que gosto de amar assim." 

  "Tem dias que ele se fecha,
    Ele é o tal,
    Mas depois sorri,
    Conversa,
    Tudo volta ao normal." 



    "O meu celular não toca,
     Eu não me toco em ligar,
     Quando ele toca eu me envoco em desligar,
     Eu não quero discutir,
     Não quero saber,
     Do que me adianta ouvir,
     Se só poderei dizer,
     De longe nada se faz,
      De longe não há o que fazer." 


   "De tanto ele rir,
    De tanto ele vir,
    Dizer que não quer
    Dizer que não se importa,
    Volta e meia meia noite
    Vem ele bater em minha porta." 



    "Eu sempre quero no fim,
     Já sei que acabou,
     Mas alguma coisa há em mim,
     De querer voltar,
     De poder mudar,
     Ah, eu só queria tentar,
     E termina de novo.
     Assim." 

    "Pra não cair em tentação,
     A melhor maneira de evitar,
     É simplesmente não tendo um coração,
     Senão volta a sentir,
     Mas ele volta a mentir,
     Porque na vida dele em vez de amor,
     Ele forja amores pra ter alguma emoção." 

   "Nem ele sabe,
    A ela não cabe,
    Esperar,
    Que ele mude,
    Que ele volte,
    A acreditar.
   Que é amor o que ele sente,
   Que pra ela ele não mente,
   Ah, nem vale a pena tentar." 



  "O que era aquilo,
   O que tinha ali,
   Não dava pra saber,
   Não dava pra entender,
   Podia ser compreensiva,
   Mas a falta de amor a fazia apreensiva,
   E voltava pra ele,
   E logo, voltava a sofrer." 
  


 

quarta-feira, 19 de março de 2008

"Eu não enxergo daqui"

    "E foi quando minha alegria me deu tchau,
     Quando ela saiu por aí andando,
     Sem ter rumo, sem sentir-se mal,
     Ficou aqui a felicidade,
     Que era nova,
     Não sabia sentir,
     Sem sentir-se sentida,
     Preferiu de despedir e partir."


    "São só fotos,
     São só fatos gravados,
    Não tem como sentir,
     Só como lembrar,
     Não tem como mentir,
     A máquina está a gravar,
    Ou você ri, ou você se põe a chorar,
    É só lembrar,
    É só lembrar..." 

     "O ser humano é egoísta,
      Esquece a tristeza alheia com sua felicidade,
      Deixa de lado a preocupação e a ansiedade,
      Depois que toda a alegria passa,
      Para onde vais?
      Para onde vais?
      Debaixo de todas as nuvens brancas podem surgir temporais,
      Debaixo do tapete  pode escorregais,
      De tanta  sujeira que guarda pra si,
      De tantos egoísmo fugazes. " 

     "Não busco a tristeza,
      Ela que me acha,
      Ela que se acha a tal,
      Não dou corda,
      Não dou bola,
      Ela que me persegue, coisa e tal,
      Eu não a culpo,
      No meu corpo se sente bem,
      Se dela me usufruo, 
      Pra pensar, pra deitar,
      Mas  ela não paga aluguel.
      Eu é que pago."  


   
   

domingo, 16 de março de 2008

"ANOTAÇÕES DA MINHA AGENDA PENSANTE"

 "E esse violão deafinado,
  Meu humor desafiado
  Pela paciência,
  De conseguir concertar
  As notas que não soam iguais,
  as minhas mão que se sentem incapaz,
  De tocar.
  As notas avaliam a falta
  O afinador avalia a volta
  De nunca conseguir voltar
  Pra sonoridade devida,
  Dessa vida de idas e vindas,
  Sem trilha sonora nenhuma a soar" 

  "Alguém leva o lixo pra fora.
   Se fosse fácil mandar embora
   Tudo o que não presta em mim
   Tudo o que não me deixa em paz.
   Leva o lixo pra fora
   Antes que eu mesma mande embora
   Tudo que me faz pensar assim.
   Não dá pra reciclar
   Não dá pra imaginar,
   Qual é o fim,
   Se eles levam pra algum lugar
   Se eles tentam concertar
   O que a realidade dos outros insiste em me mostrar
   Que o que eu quero não presta 
   leva o lixo pra fora
   Antes que eu invente em reutilizar." 


   "Pode fingir que não vê,
    Mas ainda está ali,
    Pode fingir que não teme,
    Um dia ainda vão lhe fazer sentir
    Pode fingir que não cre,
    Todos ainda teimam em lhe fazer sorrir,
    Pode fingir que não vê,
    Pode fingir que não,
    Por mais frio que seja,
    Todos sabem que tem um coração,
    Pior assim pra ti, parece que mente,
    Não diga que não sabe,
   Que não sente,
    Passas por idiota assim,
    A solidão a ninguém cabe
    A única coisa que todos sabem,
    É que vais sofrer..."

   

   "Ela tinha planos pela manhã,
    para a tarde,
    ou para a noite,
    achava que previa,
    achava que sabia,
    melhor assim, assim superava,
    mas um dia,
    o que não imaginava,
    era que a tarde sabia,
    coisas que a manhã nem suspeitava." 


   "Falei com eles,
    Mas eles não entendem de jeito nenhum,
    Enquanto um quer ser racional, o outro
    Quer ser agressivo, pra se defender,
    Preciso evitar esse desgaste,
    Preciso evitar essa decepção,
    Eles nunca vão entender,
    Os homens são fracos,
    Não adianta falar,
    Eles mesmo não sabem o que sentem,
    Parece que andam na contramão,
    Sem olhar pros lados, 
    Sem ter direção ,
    Não cabe a mim explicar,
    O que eles fingem entender,
    Pra não precisar pensar." 



    "Tinha sol até pouco tempo,
     O céu estava azul,
     Mas as nuvens já encobriram tudo,
     Maldito seja o vento,
     Sopra pra cá as nuvens
     Dessaruma meu cabelo,
     Leva de mim essa agonia,
     Leva de mim esse tormento,
     ó vento...ó vento..." 



    "Não brinca com minha agonia,
     Acredita nessa calmaria,
     que ela vai passar,
    Não faz de conta que não dói,
     o tempo a alma corrói,
    Se continua a disfraçar," 
  

sábado, 8 de março de 2008

"FAKE PLASTIC TREES"

 "Sentada na mesa.
  Aquele dia que passou.
  Tem o dia de hoje.
  De amanhã.
  De talvez.
  De certeza.
  O tempo corre junto da correnteza.
  A vida escapa entre a mão.
  O cigarro.
  O vão.
  Na mesa." 
 

  "Pode vir atrás.
   Pode vir na frente.
  Os anos são iguais.
  As imagens são as mesmas na minha mente.
  Não tem data.
  Não tem nada.
  Não tem falta de sentir.
  O que não lembra.
  O que não sabe.
  O que tiraram de ti." 

  "Um dia ela saiu para buscar,
    Atrás do que queria.
    Atrás de algum lugar.
   A vida se esvazia,
   Ela ficava a esperar.
   Na espera nada se tinha.
   Nada se vinha a entregar.
   A ela a alegria nem contagia.
   A ela nenhuma carta irá chegar." 


  "Alguns mentem daqui.
   Alguns mentem de lá.
   É tudo mentira.
   É tudo fantasia.
   De quem se cansou de escutar.
   A verdade é crua.
   A paciência fica nua.
   De tanto esperar.
   A mentira que continua.
   Enquanto fica horas na cozinha,
   Esperando a verdade cozinhar." 


   "Ela não podia ficar só.
    Só ela não queria.
    Achava que sempre podia.
    Ser o que nunca seria,
    Ter o que nunca teria.
    Saber que na vida dela.
    Nem solidão existia." 

  
   "Minhas palavras são soltas.
    Não são pra ninguém,
    Minhas escritas são meras.
    São tolas vontades de alguém." 

  "Ela vive em um mundo falso.
   Alguém lhe vem e diz uma verdade.
   Ela não acredita.
   Que possa ser cruel.
   Que possa ser vital.
   A verdade vem e destrói todos os sonhos.
   Destrói os rabiscos no papel." 
    

 



 

quarta-feira, 5 de março de 2008

Porque LOVE IS A LOSING GAME

   "A saudade se sente só.
   Só ela sente falta
   Ela é a falta até de sentir
   Saudade de amor
   Saudade de não amar
   Saudade do que se teve
   Saudade do que nem sabia que sentia
   Agora a saudade ocupa teu espaço em mim
   Agora  a saudade perturba a alma
   A calma
   A dor
   A cama
  A solidão, é a melhor amiga da saudade, enfim." 


   "Quando tu me olhas,
    O tempo para,
    A espera demora
    Tua boca na minha
    Minha paz caminha por um caminho longo,
    Longa espera,
    Longa demora
    Longa vida seja minha
    Enquanto tu a alegria me desperta" 



   "A mão treme
    A mão teme o toque
   Os olhos fitam
   Os olhos ficam em choque,
   A te olhar
   É tanta beleza,
   É tanta pureza a se gostar
   Passe tempo
   Pode passar anos
   Mesmo que a mão treme
   Ela que não teime em não te tocar"


  "Você não estava brincando?
    Eu que continuava a rir,
    Enquanto você estava chorando,
    O amor comigo se brinca,
    Ou você entra, ou você sai
    Porque desse jogo 
    Eu só saio se estiver ganhando.
    Porque minha máscara nunca cai."
  


  "Ele tinha ciúmes dela.
   Ela andava na linha.
   Nenhuma piscadela.
   Até que um dia o trem passou
   Como andava sempre na linha,
   Na linha amassada pelo trem ela ficou." 


   "O armário bagunçado,
    O travesseiro amassado,
    A cama agora era um ninho
    Que até agora o amor nunca tinha passado,
    Agora que ele passa,
    Ela não passa mais as roupas
     Ela não lava mais a louça,
    Só fica amando seu amado." 
 

  
     "Pode mentir pra mim
      Eu me acostumei com esse mundo,
      Eu me criei assim,
      Pode mentir amor,
      Pode mentir saudade,
       Pior de que amor mentido
      É  a solidão de verdade."


   "A tpm ainda me suicida."

 




segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

''Escrever é arrumar a bagunça da vida.."

   
  ''Ela se sentia só,
   Só, ela fazia o que queria
   Só, ela ia onde bem entendia
  De tanto ir e vir só
  Só, ficou com suas manias."
  

  "Sem influências, ela sabia que só sabia
  Sem ninguém pra dizer nada, ela achava certa
  Sem dizerem pra onde ir, seguia em linha reta
  Achava que sabia
  Andava e andava sempre correta
  Até que alguém lhe influenciasse 
  A vida era dela
  Era pra ela, certa se guia
  Seguia feliz
  Porque nem sabia que sabia ser infeliz."


  "Ela estava no mesmo lugar
   O mundo é que girava
   Ela estava esperando os ônibus
   Os ônibus a passar,
   Nenhum era dela
   Ela não era esperta para andar
   Não ali, não assim,
   Ela queria ser bela
   Ela andava na passarela
   Desfilando a dor, a agonia
   Ficava esperando o ônibus da camaria
   Ônibus que nunca ia passar" 
   



   "Que mundo é meu?
    O mundo que eu vejo
    Que eu vivo
    Não é igual ao seu.
    Que eu sinto
    Que eu minto
    Onde será que o mundo real se meteu...
    Eu tenho medo
    Eu não passo por cima
    Eu olho pra baixo
    Eu olho pro lado.
    A realidade me fascina..."

  
  "Não sei mais rir dali.
   Não sei mais se vou ou se fico aqui.
   Quando fui, não gostei
   Quando fui desgastei
   A sola do sapato
   A vontade no ato
   A vontade de rir
  Não sei se um dia acreditei
  Mas quando eu sorri?
  Isso eu não sei, isso eu não sei."



  "Ela fingia que sorria.
   Ela andava com sua tia
   Que era solteira
   Não tinha ninguém
   Ia para igreja
   Rezava Santo Antonio
   Ave Maria...
   Se um dia....
   Se um dia...." 

  "Maria ficou viúva
   Tinham um sítio
   Joana colhia uvas
   Amor não lhe cabia
   Vivia feliz só com as uvas
   E sempre dizia;
   Não se apaixones Maria...
   Não se apaixones Maria..." 


 
  "Ela tinha um anel de brilhantes,
   Ela tinha idéias mirabolantes
   Mas nada podia fazer com o brilho.
   Olhava, olhava e olhava.
   Se conformava, mas não se confortava.
   Só com aquilo."
  

   "Isso foi o que disseram.
    Isso foi o que me fizeram.
    O ser humano tem lá suas razões 
    De querer fugir.
    De ter medo do inferno." 

   " O Cinza traz o inverno
     A solidão traz o infermo
     O tempo traz a espera
     O cigarro vira veneno.
     Cansa, cansa logo.
     Esse dia tão pequeno..."



   "O mundo é serio demais.
    As pessoas brigam pela paz.
    As pessoas cultivam o rapaz.
    Que atirou porque tinha razão.
    Vidas tem tantas,
    Vidas tem de montão..." 


  "Ele tinha ciúmes dela.
   Ela andava na linha.
   Nenhuma piscadela.
   Até que um dia o trem passou.
   Como andava sempre na linha.
   Na linha amassada pelo trem ela ficou..." 

  
  "Eu forjo a morte.
   A vida me procura.
   Eu escapo com sorte.
   A vida me tortura.
   Me escondo atrás do sorriso
   Ah, eu me acho tão solito
   Prefiro ser só 
   Do que estar no meio dessa gente
   Que forja alegria
   Que me mata de dó..." 



  



   

  

  



 


  

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