sexta-feira, 9 de maio de 2008

"É tudo argumento para me enganar?"

   
   "Ele manipula o jogo da vida,
    Ele faz o que quer,
    Ele quer ser querido,
    Mexe nos seus pensamentos,
    Enquanto quer que no final,
    O jogo da vida tenha, 
    O seu resultado preferido."


 "Achava que era um motivo,
  Mas era só argumento,
  Se enganava na vida,
  Se enganava porque tinha medo.
  É melhor eu achar que sim,
  É melhor mentir pra mim,
  Pior do que mentir pra si,
  É viver a vida com receio." 

 
 "Mais uma tarde.
  Ela se condenava.
  Queria ser útil.
  Algo lhe faltava.
  A mão tremia,
  A alma temia,
  O futuro.
  Ela não sabe o que sente,
  Preocupada com o que está por vir,
  Ela perde o presente." 


 "Quero entrar na faculdade.
  Quero ter uma família.
  Quero ter uma vida comum.
  Com tudo que tem direito.
  Com uma rotina.
  Para assim poder me enganar
  Para assim poder me cegar.
  E assim quem sabe.
  Viver a tal vida tranquila." 


  "Eu quero aquilo que está lá longe,
   Eu busco aquilo que está no horizonte.
   Mas e quando chegar lá?
   Mas e quando conseguir alcançar?
   Vais querer o que.
   Se tens tudo.
   Tudo de novo vai querer mudar.
   Tudo que tens podes perder."  


  "Não adianta olhar pra frente,
   Eu vou chegar,
   Eu vou buscar,
   O que já tens passa em branco,
   Passas a vida sem amar,
   A espera de algo a mais,
   Fica andando por aí,
   Olhando pra trás,
   Veja o que já tem,
   Antes era o que queria,
   Agora que já está aqui,
   Fica pensando em mudar."

  "Pára de pensar.
   Sentado ainda a se questionar,
   Reclama que não há passado,
   Mas a alguma coisa ainda está ligado,
   Diz que nem futuro existe,
   Mas a preocupação com o amanhã
   ainda persiste.
   Os outros esquecem o presente,
   E tu, que preocupado com o ontem e hoje
   Vive o agora tão preocupado,
   Que nem a vida sente." 


  "Tomava maracugina,
    Tomava alguma coisa,
    Para acabar com a adrenalina
    Que era viver
    Que era perceber,
    Que o tempo todo preocupada
    Com o que fazer
    Lá fora a vida se esvaziava
    De tão preocupada em viver."  


   "Era tanto vento,
    Era tanto medo,
    De ficar só,
    Era tanto frio,
    Era tanto o vazio
    Naquele quarto só
    Mas quem tu quer que venhas,
    Quem tu pensas que pode te acalentar,
    Com esse frio todo ,
    Com esse vazio tolo,
    Alguém tu há de esperar." 


   "Pode fugir pro quarto,
    Pode se encobrir com a coberta,
    ainda está frio o lençol,
    Confessa pra ti esta solidão,
    Deixa a vida fazer esta descoberta."


 

3 comentários:

Beatriz disse...

"Pode fugir pro quarto,
Pode se encobrir com a coberta,
ainda está frio o lençol,
Confessa pra ti esta solidão,
Deixa a vida fazer esta descoberta."

A carol é foda, isso que importa!
aehaeuhaue
Beijo linda

Bruno Boesche Neto disse...

desapego é a verdadeira liberdade

desejá-la é ter uma meta
ter uma meta é obstinação
ser obstinado é estar cego
para todo e qualquer resultado
que não está sendo esperado.


Palavras às vezes só fazem confundir, e o significado que eu dou a elas não é mais que um retrato de mim mesmo. Beijos

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.

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