sábado, 8 de março de 2008

"FAKE PLASTIC TREES"

 "Sentada na mesa.
  Aquele dia que passou.
  Tem o dia de hoje.
  De amanhã.
  De talvez.
  De certeza.
  O tempo corre junto da correnteza.
  A vida escapa entre a mão.
  O cigarro.
  O vão.
  Na mesa." 
 

  "Pode vir atrás.
   Pode vir na frente.
  Os anos são iguais.
  As imagens são as mesmas na minha mente.
  Não tem data.
  Não tem nada.
  Não tem falta de sentir.
  O que não lembra.
  O que não sabe.
  O que tiraram de ti." 

  "Um dia ela saiu para buscar,
    Atrás do que queria.
    Atrás de algum lugar.
   A vida se esvazia,
   Ela ficava a esperar.
   Na espera nada se tinha.
   Nada se vinha a entregar.
   A ela a alegria nem contagia.
   A ela nenhuma carta irá chegar." 


  "Alguns mentem daqui.
   Alguns mentem de lá.
   É tudo mentira.
   É tudo fantasia.
   De quem se cansou de escutar.
   A verdade é crua.
   A paciência fica nua.
   De tanto esperar.
   A mentira que continua.
   Enquanto fica horas na cozinha,
   Esperando a verdade cozinhar." 


   "Ela não podia ficar só.
    Só ela não queria.
    Achava que sempre podia.
    Ser o que nunca seria,
    Ter o que nunca teria.
    Saber que na vida dela.
    Nem solidão existia." 

  
   "Minhas palavras são soltas.
    Não são pra ninguém,
    Minhas escritas são meras.
    São tolas vontades de alguém." 

  "Ela vive em um mundo falso.
   Alguém lhe vem e diz uma verdade.
   Ela não acredita.
   Que possa ser cruel.
   Que possa ser vital.
   A verdade vem e destrói todos os sonhos.
   Destrói os rabiscos no papel." 
    

 



 

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